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‘Protesto não pode pedir um milhão de coisas’, diz Marco Feliciano

Vice-líder do governo no Congresso e expoente da bancada evangélica entende que atos pró-Bolsonaro devem defender reforma e mostrar 'base social'

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 Maio 2019, 19h46 - Publicado em 21 Maio 2019, 18h32

Um dos vice-líderes do governo no Congresso e expoente da bancada evangélica, o deputado Marco Feliciano (PODE-SP) diz que apoia as manifestações convocadas para defender o presidente Jair Bolsonaro, marcadas para o próximo domingo, 26, mas que elas não podem ter “virar bagunça” e pedir “um milhão de coisas”.

“O protesto não pode virar bagunça, não pode ter oito tentáculos, você não pode ficar pedindo um milhão de coisas, tem que ter objetivo: mostrar que o presidente continua com sua base social, que queremos que a reforma da Previdência passe urgente, porque o Brasil não aguenta mais, e que o Coaf permaneça na mão do ministro Sergio Moro”, disse Marco Feliciano a VEJA.

Há entre aliados de Bolsonaro a preocupação de que protestos que mirem o Congresso afetem a já estremecida relação entre Executivo e Legislativo. O presidente não vai às manifestações e pediu a ministros que não participem das mobilizações.

Morador de Orlândia, a 400 quilômetros de São Paulo, Feliciano afirma que “fará de tudo” para estar no ato previsto para a Avenida Paulista, mas não confirma se estará lá de fato.

“A base de sustentação do nosso presidente é que vai pra rua. Estamos torcendo pra que seja uma manifestação bonita até pra forçar um contraponto à outra manifestação que houve [contra cortes na educação]”, compara o deputado.

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Oração com Santos Cruz

Depois de fazer críticas ao ministro da Secretaria de Governo, general Santos Cruz, por causa da propaganda do Banco do Brasil que mostrava uma personagem transexual, Marco Feliciano selou definitivamente a paz com o auxiliar de Bolsonaro nesta terça-feira, em uma reunião no Palácio do Planalto. Eles já haviam integrado a comitiva do presidente que viajou a Dallas, na semana passada.

Feliciano diz que ressaltou ao ministro que não se pode “tirar autoridade” de Bolsonaro, para que ele siga sua pauta conservadora e não cometa um “estelionato eleitoral”. No caso da propaganda do banco estatal, que irritou a bancada evangélica, o deputado escreveu no Twitter que o ministro “quis mandar mais que o presidente”, foi “soberbo” e se mostrou “ignorante”.

“Ele falou que compreendeu que aquela propaganda foi um equívoco, que é muito grande a Secom, mas que agora ele está centralizando tudo e está cuidando pessoalmente dessas coisas agora, nada mais sai do controle”, afirmou o deputado a VEJA. “Falei pra ele que o movimento evangélico é o mais tranquilo de todos, porque as nossas pautas são todas de costumes. Então enquanto o governo caminhar naquela visão que o presidente prometeu a nós, ele não vai ter problemas conosco”, completou.

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Segundo o vice-líder do governo no Congresso, o chefe de gabinete de Santos Cruz tinha uma Bíblia no gabinete e eles oraram na reunião. O deputado-pastor conta ter lido ao ministro o versículo I do Capítulo 13 do livro de Romanos – mais uma referência ao respeito a “autoridades superiores”: “Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas”.

“Falei que isso aqui serve pra mim e serve para todos nós, o presidente é a maior autoridade. Se todos nós respeitarmos isso, teremos um governo de tranquilidade”, diz Feliciano.

O deputado também se reuniu hoje com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Ele e outros parlamentares trabalham para que a votação da Medida Provisória 870, sobre a reforma administrativa, seja votada nos próximos dias nominalmente, para constranger os deputados que pretendam votar pela retirada do Coaf das mãos de Moro.

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