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Primeiro debate tem Haddad na mira e Russomanno apagado

Marta Suplicy, João Doria e o atual prefeito dominaram a noite na Band. Líder nas pesquisas, deputado do PRB se manteve discreto

Por João Pedroso de Campos, Pieter Zalis e Adriana Farias
Atualizado em 23 ago 2016, 13h40 - Publicado em 23 ago 2016, 00h56

O primeiro debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo foi marcado nesta segunda-feira pelo embate entre Marta Suplicy (PMDB), Fernando Haddad (PT) e João Doria Jr (PSDB). Líder nas pesquisas de intenção de voto, Celso Russomanno (PRB) – que viu sua candidatura se desidratar em 2012 justamente após um debate – tentou se manter longe das farpas. Mas não escapou de escorregar em uma casca de banana ao tratar da questão do ensino.

O programa foi aberto com uma questão sobre geração de empregos. Haddad tratou da importância da instalação de creches para permitir que mães voltem ao mercado de trabalho. Já Russomanno propôs reduzir o ISS e incentivar a indústria de construção civil nas periferias. Major Olímpio (SD), o franco-atirador da noite, tratou do Plano Diretor e culpou a “quadrilha petista no governo federal” pelos índices de desemprego. Doria citou a captação de novos investimentos e a redução da burocracia. Já Marta falou da criação do Banco do Povo.

No segundo bloco, quando os candidatos puderam fazer perguntas entre si, a troca de farpas se deu com mais ênfase. Marta questionou Doria sobre a sugestão do tucano de extinguir secretarias – e logo tratou de se posicionar a respeito de temas como o feminismo. Ela afirmou que esse é o “século da mulher”. Na sequência, ao ser questionado por Doria, Haddad prosseguiu com as estocadas – e afirmou que o tucano quer cortar custos em áreas prioritárias.

Doria e Olímpio focaram, então, no tema da saúde – o assunto que mais preocupa o paulistano, segundo pesquisa Ibope. Na sequência os candidatos responderam a perguntas sobre a volta da inspeção veicular. Marta, que ganhou o apelido de Martaxa quando ocupou a prefeitura, afirmou que “nunca mais” vai criar taxa alguma. “Já tive esse problema”, disse.

Haddad aproveitou o tema do meio ambiente para dar uma estocada na rival: lembrou que transformou a chácara do Jockey em parque e que a administração do local não pagava impostos à prefeitura. O Jockey já foi presidido pelo marido de Marta, Márcio Toledo.

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O terceiro bloco trouxe o tema redução de velocidade nas vias da capital, bandeira da gestão Haddad. O petista justificou a medida com a redução do número de mortos – e Russomanno afirmou, dizendo ter informações de funcionários da CET, que o número não é verdadeiro.

Ao tratar novamente do tema da inspeção veicular, Doria afirmou que avaliar voltar com a medida caso eleito. Haddad afirmou que a “inspeção de Kassab” interessava a Doria e Marta – tentando colar a imagem do ministro a dos rivais. O ex-prefeito Gilberto Kassab, hoje no governo Temer, foi ministro de Dilma Rousseff e um dos principais aliados da petista na tentativa de reduzir o poder do PMDB. Haddad e Doria estranharam-se ao falar das faixas de ônibus. O candidato do PT perguntou se o tucano removeria algumas delas. Ao que Doria respondeu: “Vou estudar, algo que você não faz”.

Marta aproveitou para alfinetar Russomanno e Doria ao afirmar que administrar São Paulo não é estar à frente de um reality show. Ou pegar um telefone e achar que se resolve tudo. O candidato do PRB cometeu um deslize já no fim do programa: ao responder a pergunta de uma professora, falou da baixa qualidade do ensino – erro prontamente aproveitado por Haddad, que afirmou que o rival criticava os professores.

Coordenador da campanha de Marta Suplicy e assessor de Temer, José Yunes avaliou como “morno” o debate. “Marta estava segura, suave. Não caiu na provocação”, afirmou. Já na avaliação de Marcio França, vice-governador de São Paulo, faltou pulso para Russomanno “e isso pode ajudar Doria no voto anti-PT”.

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