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Pressionado, PT deve desistir de apoiar ‘golpistas’ no Congresso

Partido negociava acordo com candidatos da base aliada de Temer em troca de cargos na Mesa Diretora; tendência agora é apoio a um nome de oposição

Por Da redação
Atualizado em 30 jan 2017, 19h58 - Publicado em 30 jan 2017, 09h02

Sob pressão dos militantes, o PT deverá desistir de apoiar as candidaturas de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Câmara e de Eunício Oliveira (PMDB-CE) ao comando do Senado. O aval a nomes que foram a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff e que hoje contam com a simpatia do Palácio do Planalto provocou revolta na base petista, rachou as bancadas do partido no Congresso e obrigou os defensores dessa negociação a recuarem.

Na Câmara, a tendência do PT, agora, é avalizar a candidatura de André Figueiredo (PDT-CE). Há deputados, porém, que pregam o lançamento de chapa própria, com Paulo Teixeira (SP). A disputa no Senado ocorrerá na quarta-feira, dia 1º, e na Câmara, na quinta. A posição oficial do partido, no entanto, somente será anunciada nesta terça-feira.

A ala mais pragmática considera que a sigla deveria endossar a reeleição de Maia, além de Eunício, para assegurar cargos na Mesa. O apoio ao deputado Jovair Arantes (PTB-GO) também está descartado. Em artigo divulgado no domingo, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, admitiu “divergências” a respeito da decisão do Diretório Nacional, que no dia 20 autorizou acordos com candidatos da base do governo Michel Temer.

A exemplo de Falcão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também chegou a defender a abertura de negociações com Maia e Eunício. Nas redes sociais, porém, o grupo Muda PT – que abriga correntes de esquerda – disse não ser possível aceitar o voto em “golpistas”.

“O fato é que o protesto tem audiência, repercussão e deve ser ouvido pelos parlamentares”, escreveu Falcão. “Minha opinião pessoal é que nos unamos aos parlamentares da oposição (PDT, PC do B, Rede e PSOL) num bloco a ser encabeçado por alguém deste campo”. Com 58 deputados, o PT está de olho na Segunda Secretaria. “A bancada está muito dividida, mas não abrimos mão de lutar por espaço na Mesa”, diz o líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP).

‘Avulsos’

Mesmo sem a adesão do seu partido, que apoia Maia, o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) vai lançar nesta segunda-feira a sua candidatura à presidência da Câmara. “Eu acho que, neste momento, não cabe candidaturas que sejam comprometidas a serem o novo líder do governo e nem cabe à Casa ter um presidente que seja de oposição”, justificou.

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Em 2015, Delgado disputou a eleição, com apoio o seu partido e de outras legendas da então oposição, como o PSDB. Ele conquistou 100 votos, mas foi derrotado pelo deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje preso pela Operação Lava Jato.

Desta vez, o PSB foi um dos primeiros partidos a acertar o apoio a Maia. Pelas contas de um integrante da bancada, dos 35 deputados da sigla, cerca de 30 devem votar no atual presidente da Câmara. Delgado, porém, acredita que conseguirá o voto de pelo menos dez correligionários.

O PSOL também deve lançar uma candidatura avulsa à Presidência da Câmara. Candidatos em eleições anteriores, Chico Alencar (RJ) e Luiza Erundina (SP) são cotados para representar o partido.

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(Com Estadão Conteúdo)

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