Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Preso nos EUA, ‘Rei Arthur’ negociava acordo com a Lava Jato do Rio

Empresário Arthur César Soares Filho estava na lista de procurados da Interpol desde 2017; ele é acusado de envolvimento na compra de votos para a Rio-2016

Por Leandro Resende
Atualizado em 25 out 2019, 17h25 - Publicado em 25 out 2019, 14h39

Preso nesta sexta-feira, 25, em Miami, o empresário Arthur César de Menezes Soares Filho, conhecido como Rei Arthur, negociava um acordo de colaboração premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. Ele estava na lista de procurados da Interpol desde 2017.

Segundo o advogado de Rei Arthur, Nythalmar Dias Filho, ele foi “equivocadamente detido” na manhã de hoje “por não portar a documentação necessária, para renovação do seu visto”. “Ressaltamos que as providências burocráticas já foram tomadas e que Arthur será liberado, dada a sua regular situação naquele país”, afirma o defensor.

Alvo da Operação Unfair Play, deflagrada pela Lava Jato fluminense em 2017, o empresário é acusado de envolvimento no esquema de compra de votos para que o Rio de Janeiro se tornasse sede das Olimpíadas de 2016.

Em julho, em depoimento ao juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Rio, o ex-governador Sérgio Cabral (MDB) admitiu o pagamento de 2 milhões de dólares em troca de votos. Ele relatou que entrou em contato com Soares para que ele viabilizasse a propina ao então presidente da Federação Internacional de Atletismo, Lamine Diack, membro do Comitê Olímpico Internacional (COI). 

De acordo com o emedebista, o dinheiro saiu de uma “conta” de propinas destinadas a ele e administrada por Rei Arthur. O grupo Facility, de Soares, é formado por empresas de prestação de serviços como fornecimento de alimentação em presídios, limpeza e segurança, e já chegou a ter 3 bilhões de reais em contratos com o governo do Rio na gestão Cabral.

“Eu disse a ele [Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro]: ‘presidente, não vou me meter, não conheço a família olímpica, vou confiar no senhor, vou arrumar um empresário de confiança que tem contas no exterior e ele vai viabilizar esse pagamento a vocês’. Chamei o Arthur Soares na minha casa e expus a necessidade do dinheiro para obter esses votos. [Soares teria dito] ‘Sem nenhum problema, isso entra na nossa configuração de compromissos’. Isso foi debitado do crédito que eu tinha com ele. Fui eu que paguei”, disse Sérgio Cabral. 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.