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Presidente de CPI da Petrobras mantém convocação de Catta Preta

Hugo Motta afirmou nesta quinta-feira que advogada precisa explicar quem a ameaçou e disse que o depoimento dela está mantido

Por Gabriel Castro e Marcela Mattos, de Brasília
31 jul 2015, 13h14

O presidente da CPI da Petrobras, Hugo Motta (PMDB-PB), negou nesta sexta-feira que a convocação da advogada Beatriz Catta Preta tenha sido uma tentativa de intimidar a ex-defensora de nove investigados da Operação Lava Jato, que deixou a função após ter sido convocada para falar à Comissão Parlamentar de Inquérito. “A CPI não ameaça ninguém. A CPI investiga. O que é mais estranho é uma advogada criminalista que tem prestado serviços no país há muito tempo alegar de uma hora para outra que está sendo ameaçada sem trazer nenhuma pessoa que a ameaçou, sem trazer nenhum fato concreto”, disse o deputado.

Em entrevista ao Jornal Nacional nesta quarta-feira, Catta Preta afirmou ter deixado a advocacia porque se sentiu ameaçada por integrantes da CPI da Petrobras. Embora não tenha citado nomes, ela deu a entender que a pressão se deve ao depoimento em que o lobista Júlio Camargo, seu cliente, acusou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de ter recebido 5 milhões de reais em propina. Tanto Hugo Motta quanto o autor do requerimento de convocação de Catta Preta, o deputado Celso Pansera (PMDB-RJ), são figuras próximas a Cunha.

O presidente da CPI negou haver interferência de Eduardo Cunha e lembrou que o requerimento foi aprovado em 9 de julho, sete dias antes do depoimento de Camargo. Hugo Motta também afirmou que o pedido de convocação foi aprovado por unanimidade.

À época, a aprovação foi tida como uma retaliação porque Catta Preta foi ao Supremo Tribunal Federal para pedir que o delator Pedro Barusco não comparecesse às acareações das quais deveria participar na CPI da Petrobras. Embora a defesa tenha alegado que o seu cliente está com a saúde frágil por ser vítima de um câncer, Barusco prestou depoimentos na Justiça durante o mesmo período.

Hugo Motta afirmou que a convocação da advogada está mantida porque, de acordo com decisão recente do Supremo Tribunal Federal, ela está livre apenas de ter de explicar a origem de seus honorários. “Se Catta Preta recebeu honorários lícitos, declarou no Imposto de Renda, tirou nota fiscal, qual o receio dela em vir à CPI? Você já viu algum advogado no país abandonar um caso em curso sem ter uma explicação óbvia quando foi questionada a origem dos seus honorários? “, disse o peemedebista.

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