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Pré-candidatura de Lula à Presidência será lançada no dia 27, diz deputado

Wadih Damous (PT-RJ) anunciou a data depois de visitar o ex-presidente na Superintendência da PF em Curitiba, onde ele está preso há 45 dias

Por Reuters Atualizado em 21 Maio 2018, 22h36 - Publicado em 21 Maio 2018, 18h30

O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) afirmou nesta segunda-feira (21) que a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República será lançada no próximo domingo (27). O anúncio foi feito pelo parlamentar após visita ao petista na sede da Polícia Federal em Curitiba, onde ele está preso há 45 dias.

“O presidente Lula pediu que enfatizasse a todos vocês que no dia 27 de maio é muito importante que cada cidade brasileira, cada comitê e cada diretório do PT se organizem para lançar sua pré-candidatura. Vamos deixar claro que Lula é o nosso candidato à Presidência da República”, afirmou Damous, que é ex-presidente da seção fluminense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) –— ele visitou o ex-presidente na condição de defensor.

O deputado federal relatou ainda que Lula estava de bom humor, embora indignado com o que chamou de injustiça que está sofrendo desde sua prisão, no dia 7 de abril, para cumprir a pena de doze anos e um mês de prisão a que ele foi condenado pelo juiz Sergio Moro no caso do tríplex do Guarujá (SP).

Segundo Damous, Lula disse que não quer a discussão de um possível indulto para ele, já que se considera inocente. “O presidente deixou muito claro: não quer saber de indulto. O que o presidente quer é o reconhecimento da sua inocência, quer que seja demonstrado que esse processo não passou de um ato de perseguição política, quer ver sua inocência provada e declarada. É isso que ele quer”, afirmou. “Ele deixou claro que é candidato, será candidato. Será candidato pelo Partido dos Trabalhadores e quer ver seu direito de concorrer, já que ele é o preferido da grande maioria do povo brasileiro, quer ver esse direito reconhecido”, completou Damous.

Lula lidera as pesquisas de intenção de voto para a Presidência. No entanto, a mesma condenação em segunda instância que o levou à prisão deve impedi-lo de entrar na disputa, pois a Lei da Ficha Limpa torna inelegíveis condenados por órgãos colegiados do Judiciário, como a Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que confirmou a condenação do petista no caso do tríplex.

Apesar de inelegível conforme a Lei da Ficha Limpa, o petista pode registrar sua candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, caso tenha o registro negado, pode ainda recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar obter uma liminar que garanta seu nome nas urnas.

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