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Por ciclovia, Haddad retira os sem-teto do Minhocão

Local servia de abrigo para 78 pessoas. Alguns foram transferidos para centros de assistência social

Por Da Redação
17 jul 2015, 09h56

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), retirou os sem-teto que viviam sob as pistas do Elevado Costa e Silva, o Minhocão, para implantar 3,5 quilômetros de ciclovia no local. Cerca de 78 pessoas foram conduzidas para programas de assistência social.

A informação foi confirmada pelo próprio prefeito, que afirmou que a medida faz parte de uma política de requalificação no entorno do Minhocão – ela inclui a ciclofaixa entre as Avenidas São João e Amaral Gurgel e uma nova iluminação.

Os antigos moradores foram encaminhados para centros de acolhida e outros tipos de alojamento administrados pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social. Hoje, quem passa perto da Estação Marechal Deodoro do Metrô não vê mais quase ninguém sob o Elevado.

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Segundo a chefe da pasta, Luciana Temer, a prefeitura fez um diagnóstico de todos as pessoas que dormiam no canteiro central onde está a ciclovia. “Foi uma ação pontual, que tem sido feita em várias partes da cidade. As pessoas não podem fazer barracos na rua. Não era correto para eles nem para a cidade, já que os espaços públicos são de todos”, disse Luciana. Segundo ela, alguns dos 78 antigos moradores ganharam passagens de ônibus para que pudessem voltar às cidades de origem.

Luciana ainda afirmou que todos os moradores tiveram algum tipo de oferta, mas a Prefeitura não pode “obrigar” que a população de rua aceite os programas e viva nos centros de acolhida. Alguns dos antigos moradores recusaram: “Não saio. Me sinto mais seguro aqui do que em um albergue. Se acontecer alguma coisa, tenho para onde correr e aqui todo mundo me conhece”, disse um deles.

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Comércio – Já os comerciantes do bairro, que criticam a ciclovia, disseram que o único benefício que ela trouxe foi a retirada da maioria dos moradores de rua do local. “Não tem quase ninguém usando essa ciclovia, mas me sinto mais seguro sem os sem-teto”, afirmou o proprietário de uma loja na Avenida São João. A ciclovia está prevista para ser inaugurada até o fim deste mês.

Para Fabio Forte, presidente do Conselho de Segurança (Conseg) de Santa Cecília, os moradores vão voltar para o canteiro central. “Quando a obra for terminada, a tendência da população é voltar a habitar a área, montando novas barracas”, disse. Ele também criticou o “assistencialismo” de vizinhos do Minhocão que doam comida e dinheiro para os moradores de rua da região.

(Com Estadão Conteúdo)

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