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‘Popularidade virá depois’, diz Temer durante posse de ministros

Presidente disse ainda que mudança na Justiça decorre da crise nos presídios e que novo status de Moreira Franco, com foro privilegiado, é só 'formalização'

Por Da redação
Atualizado em 3 fev 2017, 14h52 - Publicado em 3 fev 2017, 13h47

Em discurso durante a posse de novos ministros na manhã desta sexta-feira, o presidente Michel Temer ressaltou a importância das novas pastas, defendeu as medidas que o governo vem adotando e disse que a ‘popularidade virá depois’. Entre as medidas polêmicas que o governo tem priorizado estão as reformas trabalhista e da Previdência e a emenda constitucional que limitou os gastos públicos.

Pesquisa Datafolha de dezembro de 2016 mostra que a popularidade de Temer despencou no fim do ano passado –  51% dos brasileiros consideravam a gestão ruim ou péssima, contra 31% em pesquisa de julho – e que 63% dos entrevistados pediam sua renúncia. 

O presidente empossou Moreira Franco na Secretaria-Geral da Presidência, com status de ministro, Antonio Imbassahy, ex-líder do PSDB, como secretário de Governo – cargo que estava vago desde a queda de Geddel Vieira Lima (PMDB), em novembro passado – e  a desembargadora aposentada Luislinda Valois, que assume o Ministério dos Direitos Humanos.

“Nós fazemos distinção entre atos populistas e populares. Os populistas têm uma significação política e eleitoral. Já os atos populares são aqueles que se tomam em benefício do povo sabendo que a popularidade vem depois”, disse.

Ele também destacou que um dos objetivos do governo é “colocar o país nos trilhos” para que o próximo presidente, que será eleito em 2018, possa encontrar um país “ajustado, acertado e particularmente pacificado”.

Segurança pública

Sobre a mudança na pasta de Alexandre de Moraes, que se tornou Ministério da Justiça e Segurança Pública, Temer observou que foi a melhor saída, diante das propostas de criação de um ministério para tratar do assunto. A mudança tirou da pasta toda a área relacionada a direitos humanos, que ganhou um ministério próprio.

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Temer disse que a crise nos presídios brasileiros, com mais de 100 mortos em massacres no Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte, levou à mudança de foco do ministério comandado por Moraes. “Os atos administrativos e legislativos derivam dos fatos da vida real. E os últimos fatos indicaram que o governo deve investir na segurança pública. A realidade se impôs de maneira que nós verificamos que a questão penitenciária ultrapassou as fronteiras terrestres e jurídicas na medida em que os senhores verificaram seguidas rebeliões e tragédias seguidas”, afirmou.

Foro privilegiado

Durante a posse,  Temer afirmou ainda que a concessão do status de ministro a Moreira Franco, que é citado em delação na Operação Lava Jato – o ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Claudio Mello Filho disse que ele pediu dinheiro para campanha eleitoral -, e a consequente obtenção pelo peemedebista de foro privilegiado na investigação é apenas uma “formalização”.

Segundo Temer, como secretário executivo do Programa de Parceria para Investimentos (PPI), ele já exercia funções de ministro. “Moreira sempre foi chamado de ministro, ele sempre chefiava delegações de ministros e, digamos assim, agora se trata apenas de uma formalização, Moreira já era ministro desde então e tenho absoluta confiança de que continuará a fazer um belíssimo trabalho”, disse o presidente.

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Na recém-criada Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco vai chefiar, além do PPI, as secretarias de Comunicação e Administração e o Cerimonial da Presidência. No evento, Temer empossou também o deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA) como ministro-chefe da Secretaria de Governo e a desembargadora Luislinda Valois para o também novo Ministério dos Direitos Humanos.

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