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Policiais do Denarc tentaram extorquir mais de um traficante do PCC

Ministério Público indica que bandidos iriam pagar 40 mil reais a policiais para libertar Clayton de Araújo, o Bornai, de Várzea Paulista, interior de São Paulo

Por Da Redação
24 jul 2013, 21h18

A quadrilha do sequestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, não foi o único alvo dos supostos achaques praticados por policiais do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), em São Paulo. Relatório do Ministério Público aponta que, durante as investigações, os policiais tentaram extorquir também um traficante ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) da região de Jundiaí, no interior paulista. O caso indica, segundo os promotores, que o esquema envolvia outros policiais do Denarc e era prática sistemática do grupo.

Um suposto sequestro ocorreu no dia 28 de maio, quando policiais do Denarc lotados na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) levaram de sua casa o traficante Clayton Schimit de Araújo, vulgo Bornai, que morava em Várzea Paulista. Ele estava com a prisão preventiva decretada a pedido do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em uma investigação envolvendo o PCC, e era considerado foragido.

Em uma viatura da polícia, Bornai teria sido levado para o Denarc, em São Paulo, mas sem ser apresentado. Ele foi mantido durante toda a tarde dentro do carro, na rua, enquanto o pagamento do resgate estava sendo negociado, relata o documento. Escutas telefônicas e o depoimento do traficante confirmam a tentativa de extorsão, que acabou frustrada após uma equipe do Tático Ostensivo Rodoviário (TOR), da Polícia Militar Rodoviária, prender os comparsas de Bornai com o pagamento do resgate, na Rodovia dos Bandeirantes.

Os policiais rodoviários suspeitaram de quatro indivíduos em um carro Astra preto. Ao abordarem os suspeitos, encontraram 40 mil reais em dinheiro. Eles declararam que estavam no local para pagar policiais que estavam exigindo o dinheiro para soltar o traficante Bornai. Ewerton Caíque Soares, que dirigia o carro, acabou preso porque tentou subornar os PMs.

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No dia do suposto sequestro, as escutas telefônicas autorizadas pela Justiça flagraram uma conversa que indica que o PCC foi acionado para levantar dinheiro para o pagamento do resgate. “Como se tratou de mais um sequestro de integrante do PCC, a situação foi tratada por seus comparsas, que se movimentaram para a arrecadação da quantia de 40 mil reais”, escreveram os promotores.

Segundo o relatório do Gaeco, Bornai acabou sendo preso posteriormente pelos policiais do Denarc, após o resgate ter sido apreendido pela PM na rodovia. Bornai foi um dos presos que esteve nesta terça-feira no Ministério Público em Campinas para reconhecer os policiais.

Dos treze policiais que tiveram prisão temporária decretada no dia 15, quatro foram soltos e três estão foragidos.

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(Com Estadão Conteúdo)

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