Polícia faz operação contra lavagem de dinheiro em escola de samba
O presidente de honra da Grande Rio e mais quatro suspeitos são acusados de atuar na exploração ilegal de jogos na região e em lavagem de dinheiro
A Polícia Civil cumpre mandados de busca e apreensão contra integrantes da escola de samba Acadêmicos do Grande Rio, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, nesta quinta-feira 6. Os agentes investigam, junto com integrantes do Ministério Público do Rio de Janeiro, um grupo suspeito de atuar na exploração ilegal de jogos na região e na prática de lavagem de dinheiro.
As equipes também estão fazendo buscas na quadra da Escola de Samba Grande Rio, em Duque de Caxias, e no seu barracão, na Cidade do Samba, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Também foram cumpridos o bloqueio e o sequestro de bens dos investigados, no valor de 20 milhões de reais.
De acordo com as investigações, os alvos da operação são o presidente de honra da Grande Rio, Antônio Jaider Soares da Silva, suposto responsável por controlar a exploração de jogos de azar no estado, e mais quatro suspeitos, Leandro Jaider Soares da Silva, Dagoberto Alves Lourenço, Paulo Henrique Melo Rufino e Yuri Reis Soares.
Dagoberto Alves Lourenço é citado pelos investigadores como homem de confiança de Antônio e Leandro Jaider, pai e filho. Segundo a Polícia Civil, seria dele a responsabilidade pelas operações nas contas bancárias relacionadas às empresas e à escola de samba. Paulo Henrique Melo Rufino é apontado como laranja do grupo e responsável pela lavagem de capitais das contravenções penais de jogo do bicho e jogo de azar.
A investigação policial afirma ter encontrado a existência de várias operações financeiras suspeitas superiores a R$ 100 mil em dinheiro envolvendo os indiciados. Também diz ter identificado uma série de operações imobiliárias, “configurando a prática da lavagem de capitais com a prática da mescla de ativos ilícitos com atividades econômicas exercidas pelos investigados, além de dissimulação de propriedade de imóveis por meio de pessoas interpostas [laranjas] e de instituições financeiras para dissimular a movimentação, origem e propriedade de recursos ilícitos”, segundo nota da Polícia Civil.
A assessoria da escola de samba Acadêmicos do Grande Rio foi procurada mas não respondeu até a publicação da notícia.
(Com Agência Brasil)