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Polícia diz que advogado de Bolsonaro foi vítima de tentativa de homicídio

Há um mês, Frederick Wassef foi acusado de assédio em Brasília, mas imagens do restaurante e testemunhas confirmaram que, na verdade, ele foi atacado

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 set 2021, 13h48 - Publicado em 25 set 2021, 13h42

Há um mês, o advogado do presidente Bolsonaro, Frederick Wassef, foi acusado de ter assediado uma mulher, Márcia Janete Juliani, no banheiro feminino do Restaurante Chicago Prime, no Lago Sul, em Brasília. Em represália ao suposto assédio, o marido dela, Adroaldo Juliani, tentou agredir Wassef com uma faca. A Polícia Civil de Brasília investigou o caso.

O relatório final do inquérito, conduzido pela 1ª Delegacia de Polícia de Brasília, mostrou que Frederick Wassef não assediou a mulher. A delegacia anexou imagens de câmeras do restaurante e ouviu testemunhas para provar que o advogado foi vítima de tentativa de homicídio, praticada por Adroaldo Juliani.

Em seu relatório final, a polícia diz que as diligências, inquirições e as filmagens do circuito de segurança do estabelecimento, que foram obtidas durante as investigações, apontam de forma segura e incontestável que Frederick Wassef não se aproximou de Márcia Juliani ou do banheiro feminino, muito menos de qualquer outra mulher no restaurante.

“Restando absolutamente comprovado que em nenhum momento houve qualquer ‘assédio’, ‘gracejo’, ‘cantada’, conduta inapropriada ou mesmo uma simples conversa”, diz a polícia. “A análise dos elementos de informação colhidos demonstra que ‘as acusações’ feitas pelo indiciado no local dos fatos, a partir de uma alegação de sua esposa, são inverdades, e que tais inverdades quase foram usadas para justificar um crime de homicídio”.

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Polícia concluiu que não houve assédio. (reprodução/Reprodução)

Wassef disse a VEJA que só não levou uma facada na barriga porque conseguiu pular no instante em que era vítima das agressões de Adroaldo Juliani, que portava a arma. Wassef lamentou que o episódio tenha gerado muitas notícias denegrindo sua imagem em redes sociais. Para o advogado, houve uma tentativa de transformar a vítima em autor de um crime. “Eu estava na rua, não aconteceu nada, sou vítima de uma mulher que ataca o presidente da República e depois passa a me atacar”, disse Wassef. “Fui atacado e coagido por exercer minha profissão e ser advogado do presidente Bolsonaro. A motivação por trás disso é política, são questões de natureza ideológica”.

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Imagens desmentiram agressor (reprodução/Reprodução)

O relatório final do inquérito será remetido ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal. O Ministério Público deverá apresentar denúncia contra Adroaldo Juliani. Segundo Wassef, Adroaldo terá de responder pelos crimes de tentativa de homicídio, porte de armas, direção perigosa e ameaça. Além de Wassef, o acusado tentou ainda agredir no restaurante uma mulher que estava grávida, que estava sentada na mesma mesa do advogado, que cedeu cadeiras ao casal, já que o local estava lotado.

A investigação da polícia comprovou que Wassef foi agredido por ser advogado do presidente Bolsonaro. Uma das testemunhas, Anderson Andrade, garçom do Chicago Prime, ouviu quando Márcia Juliani comentou com a filha que havia xingado o ‘empregado do Bolsonaro’. O garçom concluiu que se tratava de Wassef, que estava naquele momento fora do restaurante. O garçom confirmou ainda que viu o momento em que Adroaldo Juliani pegou uma faca e atacou Wassef.

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