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Polarização nacional invade debate para governo do Rio

Candidatos ao Palácio Guanabara buscaram acenar para o eleitor de Jair Bolsonaro e fizeram coro à hashtag #EleNão, contra o presidenciável

Por Luisa Bustamante 28 set 2018, 22h22

O terceiro debate televisivo com os candidatos ao governo do Rio de Janeiro, transmitido nesta sexta-feira, 28, pela TV Record, foi marcado por disputas pelo eleitorado de Jair Bolsonaro (PSL), postulante ao governo federal, e por apoio à campanha #EleNão, coordenada por mulheres nas redes sociais, e que tem manifestações marcadas para este sábado, 29, em diversas cidades.

A discussão começou já no primeiro bloco, quando o candidato do PSOL, Tarcísio Motta, questionou Indio da Costa (PSD) se ele defendia que mulheres deveriam ganhar menos do que homens e se era favorável a tortura. Costa já havia declarado voto em Bolsonaro no último debate e reforçou sua escolha, criticando quem apoia os que “tentam mandar na política nacional de dentro da cadeia”, em referência a Fernando Haddad, candidato do PT do ex-presidente Lula.

“Você é o que tem de mais atrasado na política e agora está tentando surfar na política do ódio”, rebateu Tarcísio. Depois, convocou eleitores a comparecerem nos protestos previstos para sábado. “Nossa militância estará nas ruas amanhã para aplaudir e apoiar as mulheres que vão derrotar o atraso, que vão derrotar Bolsonaro”, completou.

Candidata do PT, Márcia Tiburi também nacionalizou o debate, pedindo votos para Haddad e reforçando o apoio ao movimento feminino. Postulante ao governo estadual pelo nanico PSC, Wilson Witzel engrossou o caldo dos que acenam para o eleitor do capitão reformado do Exército, atacando Tiburi. “É a candidata do PT de Lula preso, que defende a liberdade do Lula, prega #EleNão, eu sou #EleSim”, afirmou.

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Witzel também trocou farpas com Indio da Costa, acusando-o de ser oportunista por declarar voto em Bolsonaro. O rival rebateu. “De oportunismo minha decisão de voto não tem nada, votarei por convicção, adoraria que todo mundo aqui votasse no Bolsonaro, sou uma pessoa família, contra ideologia de gênero. Já deixei meu mandato para enfrentar o PT”, respondeu.

Romário atacante, “Duduzinho” e “suingue”

Este foi o primeiro debate eleitoral com os candidatos ao governo do Rio sem a presença de Anthony Garotinho (PRP), que está impedido de fazer campanha por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última quinta, 27. E coube ao senador Romário Faria (Podemos) cumprir o papel de franco-atirador no lugar do ex-governador.

O baixinho abandonou a postura mais pacífica que vinha adotando nos outros encontros com candidatos e começou o ataque perguntado a Paes o que ele pensava da Lei da Ficha Limpa. Eduardo Paes está na campanha graças a uma liminar do TSE.

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“Você é a favor da Ficha Limpa, mas é o único ficha suja entre os concorrentes aqui. Talvez você não estará aqui na próxima vez por esse motivo. Você se sente bem em não dizer isso para os eleitores”, disparou o ex-jogador. Eduardo Paes devolveu a provocação para o senador: “Quem tem muito problema na Justiça é você”, afirmou, em referência aos processos do ex-jogador por ocultação de bens.

Romário continuou a debochar de Paes ao longo dos outros blocos. “Duduzinho, agora vai querer dar uma de grande gestor? Tá de sacanagem, só pode ser. Não existe isso…”, ironizou, depois que o adversário afirmou que adotaria no governo do estado políticas que aplicou durante sua gestão na prefeitura do Rio.

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O clima de ataques estendeu-se até as considerações finais dos candidatos, e chegou a ganhar ar de ironia na fala da petista Marcia Tiburi, que afirmou que os seus rivais faziam uma “espécie de suingue”. “Esses candidatos aqui são do partido do troca-troca, eles fazem uma espécie de suingue, ficam brincando entre eles. Ficam se atacando aqui, mas são todos amiguinhos, só não se visitam na cadeia. Tem candidato aqui que tem medo de visitar o Cabral na cadeia, porque o Cabral não foi bom governador”, disparou.

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