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PM dá tiro para o alto para controlar confusão em visita de Lula

Petistas e manifestantes ligados ao MBL se enfrentaram na entrada da arena Fonte Nova, em Salvador, no primeiro dia da caravana do ex-presidente no Nordeste

Por João Pedroso de Campos, enviado especial a Salvador
Atualizado em 17 ago 2017, 21h21 - Publicado em 17 ago 2017, 20h56

Uma briga generalizada entre apoiadores do PT e militantes antipetistas fez a Polícia Militar disparar um tiro de bala de verdade (para o alto) e de balas de borracha nos manifestantes durante a chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Arena Fonte Nova, em Salvador, primeira parada da peregrinação do petista pelo Nordeste, iniciada nesta quinta-feira.

Havia cerca de 30 manifestantes antipetistas, em sua grande maioria ligados ao Movimento Brasil Livre (MBL) – eles criticavam Lula e o PT empunhando “Pixulecos”, bonecos infláveis do ex-presidente vestido de presidiário. Eles foram hostilizados e empurrados pelos petistas, que estavam em ampla maioria, aos gritos de “fascistas não passarão”.

Lula, que é pré-candidato à Presidência da República na eleição de 2018, irá visitar 25 cidades de nove estados do Nordeste. A caravana terminará em São Luís (MA), em 7 de setembro, dia da Independência do Brasil. A peregrinação também deverá se tornar um ato político contra a condenação do ex-presidente a nove anos e meio de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo juiz Sergio Moro na Operação Lava Jato.

Antes do tumulto na entrada da Fonte Nova, um militante antipetista quase foi agredido dentro da estação Pituaçu, ponto de partida da caravana de Lula em Salvador. Simpatizante da intervenção militar, o blogueiro Marcelo Vasconcellos teve de ser retirado pelos seguranças do metrô depois de tentar filmar a concentração de manifestantes que aguardavam Lula na estação.

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Primeiro dia

Lula chegou à capital baiana por volta das 15h50 desta quinta-feira, a bordo de um voo fretado, e seguiu do aeroporto à estação Pituaçu em ônibus estampado com seu rosto e o nome da caravana: “Lula pelo Brasil”. Acompanhado do governador da Bahia, Rui Costa (PT), da presidente do partido e senadora Gleisi Hoffmann (PR), do secretário estadual de Desenvolvimento, ex-governador da Bahia e ex-ministro, Jaques Wagner, além de senadores e deputados, ele foi recebido por militantes de movimentos sociais alinhados ao PT e centrais sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT).

A entrada de Lula na estação, depois de percorrer estreitas passarelas ainda em obras, foi tumultuada. Diante da aglomeração em torno do ex-presidente, cujo caminho foi interrompido ao menos três vezes com a entrega de mimos e até um “banho de pipoca” pelas mãos de uma baiana, seguranças do metrô liberaram as catracas aos militantes.

A muito custo – Lula chegou a parar a caminhada para um gole de água -, o ex-presidente embarcou em um vagão por volta das 17h50, ladeado por Rui Costa. Cinquenta minutos, uma baldeação e quatro lances de escada depois, ele e o séquito chegaram ao Campo da Pólvora, no bairro de Nazaré. Dali, o petista seguiu para a Fonte Nova em uma van, também personalizada para a caravana e lentamente conduzida à frente dos militantes ao som de “Lula lá”, jingle de suas primeiras campanhas presidenciais.

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Atrás de um dos gols da arena, espaço onde está montada uma estrutura digna de campanha eleitoral, com um palco coberto e cadeiras de plástico aos militantes, o ex-presidente falará aos seus nos lançamentos do Memorial da Democracia e do livro O Processo Lula, obra de juristas críticos à sentença de Moro que fez de Lula o primeiro ex-ocupante do Palácio do Planalto a ser condenado por corrupção na história do país.

Antes de Lula, falaram o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, o ex-controlador-geral da União, Jorge Hage, o vice-presidente Nacional do PT, Marcio Macedo, e o jornalista Franklin Martins. Além de Gleisi, Costa e Wagner, estão à mesa ao lado do petista o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Otto Alencar (PSD-BA), José Pimentel (PT-CE) e Fátima Bezerra (PT-RN), o líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP), e o ex presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli, entre outros.

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