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‘Planos B’ do PT, Fernando Haddad e Jaques Wagner não decolam

Ex-prefeito de São Paulo e ex-governador da Bahia não passam de 1% das intenções de voto; entre simpatizantes de Lula, eles perdem até para Bolsonaro

Por Da Redação Atualizado em 10 jun 2018, 16h44 - Publicado em 10 jun 2018, 12h26

Nomes mais cotados para representar o PT nas eleições de 2018 caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não consiga autorização judicial para disputar o pleito, Fernando Haddad e Jaques Wagner não decolaram na preferência do eleitorado. É o que aponta pesquisa do instituto Datafolha, divulgada na madrugada deste domingo pelo jornal Folha de S.Paulo. Nos dois cenários em que aparecem como substitutos de Lula, os dois petistas somam apenas 1% das intenções de voto nas disputa com os demais presidenciáveis.

Independentemente de qual seria a posição do PT, Bolsonaro lidera, com 19% das intenções de voto, seguindo por Marina, entre 14 e 15%, e Ciro, com 10 ou 11% das intenções de voto. Em quarto lugar aparece o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), com 7%, seguido pelo senador Álvaro Dias (Podemos), com 4%. O número de eleitores sem candidato salta quando Lula não está na amostragem. Brancos, nulos e indecisos passam de 21%, na simulação com o ex-presidente, para entre 33 e 34% quando ele não está entre os nomes apresentados.

Apoio

O Datafolha também mensurou o impacto do apoio de Lula para outro candidato. Entre os que com certeza (30%) e talvez (17%) seguiriam a sua indicação, ele influencia 47% do eleitorado. Por outro lado, outros 51% rejeitariam um candidato apoiado pelo petista. Outros 2% disseram não saber o que fariam nessa situação.

Para a maior parte dos entrevistados, 32% do total, a melhor opção para o ex-presidente, se não for candidato, é apoiar o nome do ex-ministro Ciro Gomes (PDT). Diante da possibilidade de uma candidatura própria do PT, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, apareceria com 15%, o triplo do ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, que tem 5%.

À frente de Wagner, dentro da margem de erro do levantamento, de dois pontos percentuais para mais ou para menos, ainda estaria a possibilidade de apoiar a deputada estadual Manuela D’Ávila, do PCdoB, resposta de 7%. O líder dos sem-teto, Guilherme Boulos (PSOL), deveria ser o pré-candidato apoiado por Lula para 3%.

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Migração

Não incluída entre as opções apresentadas para um apoio do ex-presidente, a ex-senadora Marina Silva (Rede) é a principal herdeira dos votos do petista. Nos três cenários em que Lula não é candidato, ela oscila entre 17% e 18% de preferência dos lulistas.

Está no limite da margem de erro com o próprio Ciro Gomes, que receberia de 13% a 15%. A nova pesquisa indica ainda que a maior parte dos eleitores de Lula desistiria de votar em algum candidato se o ex-presidente não estivesse entre os postulantes. O número é de 38% a 40% do total dos optantes por ele.

Os dois nomes mais cotados para o “plano B” do PT também não empolgam, até o momento, esse eleitor. Fernando Haddad e Jaques Wagner tem apenas 2% dos votos dos optantes por Lula. Uma parcela três vezes maior (6%) opta, por exemplo, por Jair Bolsonaro (PSL).

Outros presidentes

Se Lula ainda tem um potencial positivo quase tão grande quanto o negativo, o mesmo não pode se dizer do atual presidente, Michel Temer (MDB), e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

A situação de FHC não é tão crítica quanto à do emedebista. Apesar de 65% dizerem que não votariam em um candidato apoiado por ele, o grão-tucano ainda tem poder de transferir cerca de 32% dos votos para um postulante, entre os que com certeza (10%) ou talvez (22%) o seguiriam.

Já um apoio de Temer é, indicam os dados apresentados pelo Datafolha, capaz de inviabilizar qualquer pré-candidatura. O potencial positivo do atual presidente é de apenas 7%, enquanto 92% dos eleitores disseram não votar em alguém que tenha o apoio do emedebista.

A pesquisa Datafolha contratada pela “Empresa Folha da Manhã S/A” ouviu 2.824 pessoas entre os dias 6 e 7 de junho de 2018. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança estimado é de 95%. O levantamento está registrado junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-05110/2018.

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