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Planalto teme que pedidos de prisão possam afetar votações e impeachment

Governo interino avalia que além do recesso parlamentar em julho, as atenções estarão voltadas aos Jogo Olímpicos em agosto e, em seguida, às eleições municipais

Por Da Redação
8 jun 2016, 09h11

Os pedidos do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de prisão de caciques do PMDB ao Supremo Tribunal Federal trouxeram grande preocupação ao Palácio do Planalto. A avaliação de interlocutores do presidente interino Michel Temer é de que o episódio pode atingir a governabilidade, com o atraso de votações importantes, principalmente das medidas econômicas que já estão no Congresso e as que ainda serão enviadas em breve.

Eles lembram que, além do recesso parlamentar em julho, em agosto as atenções estarão voltadas para os Jogos Olímpicos e as eleições, em seguida. Há preocupação também sobre o impacto dos pedidos no processo de impeachment de Dilma Rousseff, embora o Planalto diga que há convicção de que o número de votos que garantirá o afastamento definitivo da petista está consolidado.

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Apesar do discurso, o fato de os peemedebistas que estão na mira da Procuradoria serem importantes caciques do partido também preocupa o governo porque pode haver uma vinculação automática deles à imagem de Temer, o que pode desfavorecê-lo no impeachment. O Planalto acompanhou a mobilização nesta terça-feira dos senadores petistas, que contavam com os pedidos de prisão para ajudar a agravar a instabilidade do governo Temer e a reverter votos de senadores indecisos na votação do impeachment.

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A estratégia do presidente em exercício foi a de tentar se distanciar da crise, cumprir a agenda normalmente e tentar considerar o problema como algo restrito ao Congresso e ao STF. Interlocutores salientaram que a possível saída do presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do cenário político possa desarticular o “plano Temer”.

Para tentar deixar Temer distante da crise, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) evitaram o tema. Ao deixar a reunião com líderes da Câmara, Geddel afirmou que os pedidos não causavam “nenhum constrangimento”. Padilha agiu de forma semelhante. “Em um outro momento, talvez [comente os pedidos]. Agora, aqui, Olimpíada. Só quem pode responder é o dr. Janot, ele sabe porque fez, o que fez, o que escreveu e o que pediu. Eu não sei nada”, disse o ministro da Casa Civil.

(Com Estadão Conteúdo)

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