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Pimentel condecora governadores citados na lista de Fachin

Ex-presidente Lula seria o grande homenageado da cerimônia, mas desistiu de ir

Por Da redação
Atualizado em 21 abr 2017, 19h04 - Publicado em 21 abr 2017, 19h00

Denunciado na Operação Acrônimo e citado nas delações da Odebrecht, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), aproveitou nesta sexta-feira a cerimônia em homenagem à Inconfidência Mineira, em Ouro Preto (MG), para dizer que, atualmente, a Justiça brasileira está sendo, conforme as suas palavras, “solapada por uma teia de acusações que lembram as alcovas da Conjuração Mineira”. Sem citar nominalmente a Lava Jato ou a Acrônimo, ele fez uma crítica velada às operações, lembrando que Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, que foi enforcado em praça pública por defender a independência do país, também foi “protagonista involuntário de um espetáculo e não de um processo justo”.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria o grande homenageado do evento, mas desistiu de aparecer. Em 2003, Lula já havia recebido o Grande Colar, a honraria máxima concedida pelo Estado de Minas, das mãos do então governador Aécio Neves (PSDB).

Apontado ontem pelo empreiteiro Léo Pinheiro como beneficiário de propina na reforma de um tríplex do Guarujá, Lula não era o único alvo de investigações no rol de convidados para a cerimônia. Também foram chamados os governadores do Acre, Tião Viana (PT); da Bahia, Rui Costa (PT); do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB); de Alagoas, Renan Filho (PMDB), todos citados na célebre lista do Fachin na parte das petições que foram encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal. Desses, apenas Renan Filho compareceu, recebendo a medalha da Inconfidência junto com outras 170 pessoas.

Na petição do ministro do STF Edson Fachin, o governador de Minas é apontado como o beneficiário de 13,5 milhões de reais em propinas. O Ministério Público contabilizou os depoimentos de seis delatores da Odebrecht que revelam o pagamento a Pimentel. O dinheiro, segundo os delatores, foi pago quando o político ainda comandava o Ministério do Desenvolvimento, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff: “O dinheiro foi repassado com o objetivo de que os interesses da empresa fossem atendidos no âmbito do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior”, registra Fachin. 

 

Na ausência de Lula, o maior homenageado foi o ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, morto em 2013 aos 95 anos, Nobel da Paz e líder da luta contra o Apartheid. Com seria de praxe, quem recebe a condecoração máxima deveria ser o orador. Com ela foi feita em memória de Mandela, Pimentel se encarregou do discurso. Nos dois últimos anos, os grandes homenageados foram o ex-presidente do Uruguai José Mujica e o ministro do STF Ricardo Lewandowski.

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