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PGR vai pedir que Suíça investigue conta de Romário

Na semana passada, senador (PSB-RJ) admitiu que teve conta no banco suíço, mas que "não sabia o ano"; antes, ele havia dito que nunca teve vínculos com a instituição

Por Da Redação
30 nov 2015, 15h11

A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai pedir oficialmente ao Ministério Público da Suíça que abra investigações sobre uma suposta conta do senador Romário Faria (PSB-RJ) no país europeu. O pedido de cooperação deve ser enviado nos próximos dias para Berna.

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A questão da conta não declarada de Romário na Suíça foi levantada por VEJA em uma reportagem publicada em julho passado. Ilustrava a reportagem um documento descrito pela revista como um “extrato” da conta do senador no BSI. O senador, respaldado pelo próprio BSI, desclassificou a prova documental como “extrato falso”.

O assunto, no entanto, ganhou um novo capítulo na semana passada. Na gravação que levou à prisão o banqueiro André Esteves, o senador Delcídio Amaral (PT-MS), líder do governo Dilma Rousseff, e o advogado Edson Ribeiro sugerem que Romário fez um acordo com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), que mantém boa relação com o banqueiro. O BSI foi comprado em 2014 pelo BTG Pactual, de Esteves.

O caso é mencionado na conversa gravada no dia 4 de novembro deste ano pelo filho de Nestor Cerveró, Bernardo (ouça aqui). “Ai tá, pra acabar de complicar ainda mais o jogo aparece o Eduardo Paes com o Pedro Paulo, é, com o Romário”, diz Delcídio. “Ué, fizeram acordo né?”, comenta Ribeiro. “Diz o Eduardo que fez”, afirma o senador do PT. “Tranquilo. Tinha conta realmente do Romário”, ressalta Ribeiro. Surpreso, o filho de Cerveró questiona: “Tinha essa conta?”. Na sequência, Delcídio conclui: “E em função disso fizeram acordo”. O BSI foi o banco que Esteves adquiriu na Suíça.

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No fim da semana passada, Romário afirmou que pediria ao Ministério Público uma investigação para verificar se em algum momento ele foi titular de conta na Suíça – antes, o senador negava ter sido correntista de alguma instituição no país europeu. Agora, a PGR quer saber dos suíços o que existe de fato como extratos dessa suposta conta. Berna, se aceitar o pedido, tem o poder de exigir que o BSI abra seus dados e explique em que época o senador teria mantido dinheiro depositado na Suíça.

No Brasil, Romário já indicou que ele é o “maior interessado” em que se esclareça o caso. Na sexta-feira, o senador protocolou um ofício na PGR para que o órgão peça a abertura de investigação na Suíça. “Quando eu jogava na Europa, tive conta no BSI. Só não sei o ano. Eu não me lembro, mas acredito que se a conta não é movimentada, ela é fechada automaticamente”, disse Romário em entrevista ao jornal O Globo.

(Com Estadão Conteúdo)

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