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PGR decidirá sobre investigação de políticos citados em grampos

Procuradoria vai examinar a menção de seis deputados federais em conversas de empresários e lobistas que mantinham esquema de fraude de licitações

Por Da Redação
19 abr 2013, 09h54

O Ministério Público Federal em Jales, interior de São Paulo, enviou nesta quinta-feira à Procuradoria-Geral da República (PGR) cópia integral dos autos da Operação Fratelli, que apura um esquema de fraude em licitações de prefeituras da região noroeste do estado envolvendo empresários e agentes públicos. Os documentos contêm transcrições de interceptações telefônicas que citam pelo menos seis deputados federais.

A PGR vai examinar a menção aos políticos para decidir sobre eventual abertura de investigação. Segundo o jornal O Estado de São Paulo, pelo menos seis deputados são citados em conversas telefônicas de terceiros, empresários e lobistas, gravadas pela Polícia Federal: Aldo Rebelo (PC do B), hoje ministro do Esporte, Marco Feliciano (PSC), Otoniel Lima (PMDB), José Mentor, Cândido Vaccarezza e o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia os três do PT. Em algumas das ligações, membros da quadrilha citam o uso de emendas parlamentares de Chinaglia. O deputado, por sua vez, rechaçou categoricamente vínculos com a quadrilha.

Dois deputados estaduais, Roque Barbiere (PTB) e Gilmaci dos Santos (PRB), também estão na lista de parlamentares citados. O primeiro caiu no grampo dizendo que poderia arrumar emenda de 250 000 reais para um lobista, conhecido como Osvaldinho. O outro empregou na Assembleia o filho de Osvaldinho.

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Outros dois parlamentares caíram no grampo indiretamente, demonstrando proximidade com o empresário Olívio Scamatti, dono da empreiteira Demop e apontado pela Polícia Federal como chefe da quadrilha que se infiltrou na gestão de 78 prefeituras: Vander Loubet (PT-MS) e Edson Aparecido (PSDB-SP), hoje chefe da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin. Eles não estavam sob monitoramento, nem sob investigação, mas seus contatos com Scamatti fazem parte dos autos da Operação Fratelli.

Coordenada pelo Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC) a Operação Fratelli faz parte de uma ação anticorrupção do Ministério Público em doze estados brasileiros. Os promotores descobriram um esquema em São José do Rio Preto onde, desde 2007, um grupo de empreiteiras do ramo de pavimentação de asfalto estaria manipulando licitações públicas em municípios do interior do estado, simulando competição entre si, com o objetivo de superfaturar as obras. Os contratos suspeitos foram assinados com cerca de oitenta prefeituras e superam o valor de um bilhão de reais.

Segundo o MP de São Paulo, há indícios de que servidores e agentes públicos facilitaram a atuação da quadrilha. Durante a investigação, foi constatado o pagamento de 70 000 reais em dinheiro destinado a propina para servidores municipais.

(Com Estadão Conteúdo)

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