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PGR apresenta nova denúncia contra Eduardo Cunha

Janot acusa Cunha de ter recebido mais de 5 milhões de reais em propina em contas secretas na Suíça

Por Da Redação 4 mar 2016, 18h04

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) nova denúncia contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu na Operação Lava Jato. No novo processo, que pode colocar o peemedebista novamente como acusado formal de ter se beneficiado do escândalo do petrolão, Janot acusa Cunha de ter recebido mais de 5 milhões de reais em propina em contas secretas na Suíça.

As suspeitas são de que o deputado teria embolsado dinheiro sujo retirado de um contrato de aquisição de um campo de petróleo no Benin, na África. O Ministério Público descreve que Eduardo Cunha atuou para garantir o fluxo de propina na diretoria da Área Internacional da Petrobras e para não colocar empecilhos na transação, orçada em 34,5 milhões de dólares.

Segundo o procurador-geral, que na peça de acusação usou o bordão do deputado peemedebista para defender que “o povo merece respeito”, Eduardo Cunha recebia um percentual dos negócios fechados na Área Internacional da petroleira, loteada pelo PMDB e a cargo do então diretor Jorge Zelada.

Ao rastrear o caminho do dinheiro, investigadores detectaram que, entre 2010 e 2011, Cunha recebeu 1,3 milhão de dólares da empresa offshore Acona International Investments e, na sequência, repassou os valores para o trust Orion SP, no Reino Unido, e depois para uma conta no banco Julius Bär, na Suíça. Em junho de 2015, parte desses valores – 2,25 milhões de dólares, já corrigidos – foi apreendida por autoridades suíças. Em outra frente foram localizados 165.000 dólares na conta Kopek, na Suíça, de responsabilidade da esposa de Cunha, Cláudia Cruz.

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Ao longo das investigações, o lobista Julio Camargo, que atuou na empresa Toyo Setal, afirmou em depoimento que o deputado pediu 5 milhões de dólares do propinoduto da Petrobras em um contrato de navios-sonda. Na última quinta-feira, Cunha se tornou réu neste caso por decisão unânime dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

O ex-gerente da Área Internacional da Petrobras Eduardo Musa afirmou, também em acordo de delação premiada, que cabia a Cunha, como parlamentar, dar a “palavra final” nas decisões da diretoria Internacional, na época comandada pelo réu no petrolão Jorge Zelada. Segundo o delator, entre as obras “contaminadas” por dinheiro sujo na Petrobras estavam a refinaria de Pasadena, no Texas, os navios-sonda Petrobras 10000 e Vitoria 10000 e contratos de montagem de módulos para plataformas da Petrobras, com a participação da empresa OSX, do empresário Eike Batista, e da empreiteira Mendes Junior.

Desmembramento – Além de oferecer denúncia contra o presidente da Câmara, o procurador-geral pediu o desmembramento do caso, remetendo para as mãos do juiz Sergio Moro, em Curitiba, as suspeitas envolvendo a participação de ex-dirigentes da Petrobras, como Jorge Zelada, e de familiares de Eduardo Cunha, como a esposa Claudia Cruz e a filha Danielle Cunha.

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