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Jovair Arantes e Paulinho da Força são alvos de operação da PF

Reportagem de VEJA revelou, em março, o esquema que envolve parlamentares, sindicalistas, lobistas e servidores do Ministério do Trabalho

Por Thiago Bronzatto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 Maio 2018, 14h30 - Publicado em 30 Maio 2018, 08h21

Após VEJA revelar em março um esquema de arrecadação de propinas no Ministério do Trabalho, a Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira a Operação Registro Espúrio, autorizada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal. Entre os alvos da ação, estão os deputados Jovair Arantes, do PTB de Goiás, e Paulinho da Força, do Solidariedade de São Paulo. Os investigadores apuram fraudes e corrupção no processo de registro de sindicatos. Ao todo, são cerca de 320 policiais cumprindo 64 mandados de busca e apreensão, oito mandados de prisão preventiva e quinze mandados de prisão temporária, além de outras medidas cautelares.

Os investigados são suspeitos de organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Também são alvos da operação servidores públicos, lobistas, advogados e dirigentes de centrais sindicais.

Reportagem de capa de VEJA mostrou como funciona a engrenagem de concessão de registros sindicais no Ministério do Trabalho, com o pagamento de propina a servidores indicados politicamente pelo PTB e pelo Solidariedade. Em uma reunião gravada, dois lobistas que atuam em nome de políticos dos partidos detalham ao empresário Afonso Rodrigues, que desde 2012 tentava registrar um sindicato em Goiás, os custos da operação.

A “conta” da propina ficou em nada menos que 3,2 milhões de reais. Para fechar o negócio, combinaram a assinatura de um “contrato de consultoria”, por meio do qual seriam repassados os valores espúrios. O tal documento foi entregue ao empresário num posto de gasolina no interior de Goiás, encontro registrado num vídeo obtido por VEJA.

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Loteamento de cargos

PTB e Solidariedade dividem os principais postos do Ministério do Trabalho desde o início do governo do presidente Michel Temer (MDB), em maio de 2016. Até o fim de 2017, a pasta foi comandada pelo deputado federal Ronaldo Nogueira (RS), que retornou ao Congresso para pavimentar sua candidatura à reeleição. Em janeiro, outra parlamentar do PTB, Cristiane Brasil (RJ), chegou a ser nomeada para o cargo por Temer, mas não assumiu por decisão da Justiça.

Cristiane é filha do ex-deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do partido envolvido em outro ruidoso esquema de corrupção da legenda, o dos Correios, que deu início ao escândalo do mensalão em 2005. Jefferson e Jovair são padrinhos políticos da manutenção do atual ministro da pasta, Helton Yomura.

Já ao Solidariedade cabe a Secretaria de Relações do Trabalho. O chefe dessa divisão é Carlos Cavalcante de Lacerda, indicado diretamente pelo deputado Paulinho da Força.

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