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PF faz buscas nas casas de Marcelo Miller, Joesley e Ricardo Saud

Neste domingo, executivos da JBS se entregaram em São Paulo; relator da Lava Jato no STF, o ministro Edson Fachin negou prisão de ex-procurador

Por Da Redação
Atualizado em 11 set 2017, 13h04 - Publicado em 11 set 2017, 07h32

A Polícia Federal está nas ruas da manhã desta segunda-feira para cumprir mandados relacionados ao acordo de delação premiada da JBS. Os agentes cumprem ordens de busca e apreensão nas casas do ex-procurador Marcelo Miller, do empresário Joesley Batista e dos diretores da JBS Ricardo Saud e Francisco de Assis e Silva.

A ação foi batizada de Operação Bocca, segundo a PF, em uma referência à Bocca della veritá, escultura romana que serviria como “detector de mentiras”. Segundo lendas da idade média, a boca da escultura se fecharia se alguém dissesse alguma mentira com a mão, o que teria sido usado no passado para “provar” veracidade.

Ao todo, foram cinco mandados de busca e apreensão, quatro em São Paulo e um no Rio de Janeiro. Como Assis e Silva exerce a diretoria jurídica e, portanto, presta serviços advocatícios para a JBS, teve direito à presença de um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o que é previsto em lei. A OAB confirma que acompanhou a diligência e informa que “não houve contratempos”.

Os três tiveram as prisões pedidas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, após a divulgação de um novo áudio, um diálogo entre Joesley e Saud em que os executivos dão a entender que omitiram informações importantes no acordo de colaboração premiada com o Ministério Público. Apesar da suspeita de que Marcelo Miller tenha assessorado a JBS enquanto ainda era procurador, o relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, se limitou a decretar as prisões de Joesley e Saud.

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Diante do exposto por Janot, Fachin concordou que há indícios de que os delatores entregaram provas de maneira “parcial e seletiva” e que isso é motivo para suspender os benefícios da delação recebido por eles, que incluíam imunidade total contra as investigações. O ministro do STF determinou que fossem presos de forma temporária, com duração inicial de cinco dias.

Sobre Marcelo Miller, o relator da Lava Jato disse concordar com a avaliação do procurador-geral de que há indícios “consistentes” do envolvimento deste com a suposta má-fé na colaboração dos executivos da JBS com o Ministério Público. No entanto, ainda não vê os elementos necessários para decretar também a sua prisão.

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O magistrado escreve que a detenção de Joesley Batista e Ricardo Saud vai auxiliar no esclarecimento dessa questão. Uma das justificativas para que os delatores fossem presos era, justamente, “angariar eventuais elementos de prova que possibilitem confirmar os indícios sobre os possíveis crimes ora atribuídos a Marcelo Miller”.

Vídeo: Delegados deixam sede da PF em São Paulo para cumprir mandados

Oslaim Brito/VEJA.com

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(Com Estadão Conteúdo)

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