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PF faz buscas em imóvel ligado a vice da Guiné Equatorial

Autoridades apreenderam com a comitiva do filho de ditador, em setembro, malas com dinheiro e relógios avaliados em US$ 15 milhões

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 10 out 2018, 10h16 - Publicado em 10 out 2018, 09h05

A Polícia Federal cumpre sete mandados de busca em São Paulo e no Distrito Federal nesta quarta-feira na Operação Salvo Conduto. Os alvos da força-tarefa têm ligação com a apreensão de 16 milhões de dólares não declarados com a comitiva do vice-presidente da Guiné Equatorial Teodoro Obiang Mang, o Teodorin, em 14 de setembro no Aeroporto de Viracopos (SP).

Teodorin é filho e sucessor do ditador do país, Teodoro Obiang Mbasogo. O grupo carregava malas com 1,4 milhão de dólares e 55.000 reais em espécie, além de relógios cravejados de diamantes avaliados em 15 milhões de dólares. Os valores foram apreendidos, mas o grupo liberado, e Teodorin retornou a seu país.

Em nota, a PF informou que 35 agentes federais atuam na operação, que apura fatos referentes a dois inquéritos policiais reunidos em setembro deste ano, por tratarem de fatos envolvendo o mesmo investigado. As buscas são cumpridas nas cidades de São Paulo, Hortolândia (SP), Jundiaí (SP) e no Distrito Federal. As ordens judiciais foram expedidas, a pedido da PF, pela 6ª Vara Criminal da Justiça Federal em São Paulo.

Teodorin já foi condenado na França por adquirir propriedades com dinheiro público desviado de seu país de origem e investigado nos EUA, dentre outros crimes, por lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos.

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Apartamento localizado nos Jardins, em SP, foi um dos alvos – 10/10/2018 (MPF/Divulgação)

Inquéritos

O primeiro inquérito foi instaurado em março de 2018, e investiga o crime de lavagem de dinheiro em razão dos indícios de ocultação de propriedade relacionada à compra, em 2008, de um apartamento duplex localizado no bairro dos Jardins, em São Paulo. O imóvel – alvo de buscas nesta quarta – foi adquirido por 15 milhões de reais. As investigações apontam que o apartamento, comprado por uma empresa com capital social de 10.000 reais, pertenceria ao investigado.

O segundo inquérito policial foi instaurado no dia 20 de setembro deste ano, após a apreensão da bagagem da comitiva de Teodoro. Os bens foram trazidos do exterior sem a declaração obrigatória.

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A PF solicitou à Justiça Federal o sequestro do imóvel, dos bens e valores apreendidos no Aeroporto de Viracopos e de sete veículos de luxo – um deles avaliado em 2 milhões de reais.

Dinheiro e relógios apreendidos com a comitiva de Teodoro (//Reprodução)

 

As investigações prosseguem com a colheita de depoimentos, análise do material apreendido e pedido de cooperação jurídica internacional, para esclarecer a participação de todos os envolvidos. O crime de lavagem de dinheiro tem penas que variam de 3 a 10 anos de reclusão.

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