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PF diz a STF que não há investigação sobre Greenwald

Na segunda 15, ministro Dias Toffoli deu prazo de cinco dias para que corporação informasse se havia inquérito contra jornalista do The Intercept Brasil

Por André Siqueira 23 jul 2019, 19h14

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Leite Valeixo, informou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira, 23, que não há investigação em curso contra o jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept Brasil.

“Foram consultadas as áreas técnicas deste órgão policial, a saber, a Corregedoria-Geral da Polícia Federal, a Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado, a Diretoria de Inteligência Policial e a Superintendência Regional da Polícia Federal no Paraná, restando evidenciado que não há inquérito policial instaurado com o objetivo de apurar a conduta do jornalista Glenn Greenwald”, diz Valeixo.

A manifestação do diretor-geral da PF ocorre no mesmo dia em que a corporação deflagrou, em sigilo, uma operação para prender o hacker responsável pelo roubo de mensagens do Telegram do chefe da Lava-Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, e do ministro da Justiça, Sergio Moro. Foram cumpridas onze ordens judiciais, sendo sete mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão temporária, nas cidades de São Paulo (SP), Araraquara (SP) e Ribeirão Preto (SP), como informa a coluna Radar.

Na segunda-feira 15, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli deu prazo de cinco dias para que a PF informasse se havia inquérito contra Greenwald. O despacho de Toffoli se deu na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) movida pela Rede Sustentabilidade para suspender supostas investigações contra Greenwald, noticiadas pela imprensa. A ação tem como relator o ministro Gilmar Mendes, mas Toffoli, como presidente da Corte, é o responsável pelo plantão do STF durante o recesso do Judiciário.

Na ADPF, a Rede sustenta que reportagens noticiaram que a PF pediu ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) informações sobre movimentações financeiras de Greenwald, em uma apuração da suposta ligação do jornalista com os vazamentos.

Antes do despacho de Dias Toffoli, o Tribunal de Contas da União (TCU) já havia enviado um ofício ao Coaf, vinculado ao Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes, para que o órgão informasse se há investigação em curso sobre o jornalista. O Coaf, contudo, alegou sigilo e não esclareceu se há algum procedimento aberto em relação a Glenn Greenwald.

Desde 9 de junho, o The Intercept Brasil vem publicando reportagens que mostram mensagens trocadas entre Sergio Moro e procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato enquanto o ministro da Justiça era o juiz federal responsável pelos processos da operação. Nos diálogos, obtidos por meio de uma fonte anônima e também analisados e publicados por VEJA (leia aqui e aqui), Moro atua como chefe das investigações, orientando ações do Ministério Público Federal (MPF), atribuição que não lhe caberia como magistrado.

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