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Pezão toma posse como governador do Rio de Janeiro

Pré-candidato ao Guanabara, vice-governador de Sérgio Cabral tentará, no cargo, alavancar sua popularidade. Atualmente, ele patina nas pesquisas

Por Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
4 abr 2014, 12h17

O governador do Estado do Rio passou a ser, na manhã desta sexta-feira, Luiz Fernando Pezão – o vice de Sérgio Cabral e pré-candidato ao governo, nas eleições deste ano. Sob forte esquema de segurança, a posse ocorreu na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), cercada por grades e protegida por homens do Batalhão Especial de Policiamento em Grandes Eventos e do 5º BPM (Centro). A medida foi uma precaução, para o caso de manifestantes repetirem, na cerimônia de posse, os protestos do “Fora Cabral”. Sérgio Cabral não comparecei à cerimônia, limitando-se a participar da entrega do cargo, no Palácio Guanabara, evento que ocorreu em seguida.

Pezão começa, já nesta tarde, a enfrentar os manifestantes na condição de alvo principal. Estão previstos protestos para o Largo do Machado, às 17h. No sábado, outra manifestação está programada para o Complexo da Maré, no fim de semana de chegada das tropas federais que ocuparão o conjunto de favelas.

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Conhecido por ficar à frente das grandes obras – entre elas a reforma bilionária do Maracanã -, o novo mandatário terá até outubro para tentar, como governador, alavancar sua popularidade. Atualmente, Pezão patina nas pesquisas de intenção de voto, que alternam nas primeiras posições o ex-governador Anthony Garotinho (deputado federal pelo PR) e o senador Marcelo Crivella (PRB).

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Cabral deixa o governo amargando forte rejeição. Os feitos dos dois mandatos foram destacados e elogiados por Pezão na Alerj. “Sérgio é uma das pessoas mais generosas que conheço na vida. Nos sete anos e três meses em que trabalhamos juntos, ganhei um amigo para a vida toda, um irmão. Ele colocou o Rio de volta ao protagonismo no desenvolvimento do país”, disse.

Pezão destacou a criação das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e defendeu a política de pacificação, iniciada em 2008, no segundo ano do primeiro governo Cabral. O projeto, fundamental na reeleição de Cabral, enfrenta hoje uma série de problemas, como denúncias de corrupção e ataques do tráfico. “Ocupamos territórios em que as pessoas não acreditavam mais que a segurança pública entraria, como Alemão, Rocinha, Maré”, disse. “Em 2007, falei para o Sérgio que se nosso mandato não servisse para melhorar a vida nesses locais, ele não valeria de nada. Hoje vejo que valeu muito. Nós sabemos que não vencemos a guerra, mas avançamos muito”, disse.

Despedida – Durante o discurso de despedida, no Palácio Guanabara, Cabral fez uma breve avaliação do seu governo. Ao lado de Pezão, o ex-governador lembrou a onda de violência que o estado enfrentava em dezembro de 2006, dias antes de assumir o governo. E chegou a dizer que o Rio tinha um “acordo tácito” com a criminalidade.

“Quando chegamos ao governo, o quadro era o mais tenebroso possível. O estado vivia momentos angustiantes. Nos últimos dias de dezembro de 2006, vivemos constrangidos, com ônibus incendiados, inocentes mortos e ruas interditadas. Era como se fosse um recado ao nosso governo, que assumiria em janeiro. Mas não recuamos. Mostramos que estávamos inaugurando uma nova fase: acabava o acordo tácito com a marginalidade”, disse Cabral.

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No fim do pronunciamento, Cabral anunciou a intenção de disputar um cargo eletivo, mas não especificou se pretende concorrer como senador ou deputado. “Coloco meu nome à disposição dos nossos aliados, do nosso partido, da nossa base. Meu nome é colocado por uma causa: avançar, avançar, avançar. E o nome para avançar chama-se Luiz Fernando Pezão, afirmou, em tom de campanha.

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