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Petistas se inspiram em propaganda peronista para boicotar Haddad

Slogan "Haddad no governo, Lula no poder" faz alusão a movimento que levou o ex-presidente argentino Juan Domingo Perón ao poder em 1973

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 set 2018, 15h43 - Publicado em 28 set 2018, 08h08

A confirmação do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como candidato à Presidência da República pelo PT foi marcada por um momento simbólico no dia 11 de setembro. Em uma reunião da Executiva Nacional do partido em um hotel no centro de Curitiba, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) declarou que Haddad tinha o “coração de Lula e a alma do PT”. Gleisi buscava passar a mensagem de que, com o aval do ex-presidente Lula, preso em uma sala da Polícia Federal a 10 quilômetros dali, a sigla estava unida em torno do nome dele.

Apesar da demonstração da senadora, a escolha do ex-prefeito ainda não foi bem digerida pelo partido. Mal ele começou a fazer campanha e petistas históricos e pensadores da sigla começaram a difundir o slogan “Haddad no governo, Lula no poder”. Trata-se de um recado para lembrar ao candidato que ele não estaria nessa posição se não fosse o Lula. E, sobretudo, que se ele ganhar, o ex-presidente deverá ter uma posição de destaque no novo governo.

A frase faz uma clara alusão ao movimento “Cámpora al gobierno, Perón al poder“, criada na Argentina pelos peronistas quando o ex-presidente Juan Domingo Perón foi impedido de concorrer à eleição de 1973 por estar exilado. Seu aliado, o ex-deputado Héctor Cámpora, cuja maior qualidade era ser fiel, foi apresentado como seu poste e ganhou o pleito daquele ano. Ficou um pouco mais de um mês no poder, anistiou os presos políticos (entre eles Perón), e renunciou ao cargo. Perón regressou à Argentina, e venceu as novas eleições que foram convocadas após o afastamento voluntário de Cámpora, com mais de 60% dos votos. Com a saúda debilitada, Perón morreria em julho de 1974. Sua mulher, Isabelita Perón, assumiria o seu lugar, ficando cerca de dois anos no poder, do qual seria tirada por um novo golpe militar, em março de 1976.

Apesar da inspiração, os petistas dizem que seria uma “maluquice” imaginar que Haddad renunciaria ao cargo para abrir espaço a Lula  nem há previsão constitucional para isso. De qualquer forma, consideram que o recado foi dado. Desde que passou a ser cogitado como substituto de Lula, o ex-prefeito tem buscado demonstrar total lealdade a ele.

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