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Paulo Marinho deixa PSDB do Rio para atuar na pré-campanha de Doria

Empresário desiste de comandar partido no estado e diz que ajudará governador de São Paulo, que quer disputar Presidência, em 2022

Por Cássio Bruno 10 jun 2021, 17h54

Suplente do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), o empresário Paulo Marinho confirmou nesta quinta-feira, 10, a saída da presidência do PSDB no Rio de Janeiro. Marinho contou a VEJA que deixou o comando para ajudar na pré-campanha do governador de São Paulo, João Doria, à Presidência da República, em 2022, contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo o tucano, seu papel frente à legenda no estado “se tornou um sacrifício” nos últimos meses. Inicialmente, o projeto do PSDB era reformular a sigla e lançar um candidato a prefeito competitivo na capital fluminense na eleição municipal do ano passado, o que não ocorreu.

“Assumi o PSDB do Rio a pedido do João Doria. O partido era dominado pela turma do ex-governador Marcelo Alencar e não tinha mais relevância. Em 2018, não elegeu um deputado federal sequer. A vida do Otávio Leite (que ficou na suplência e, atualmente, é deputado) é a boquinha do PSDB. Fiz um esforço, mas para mim era um sacrifício. Três dos meus quatro filhos moram em São Paulo. Então, voltei a morar lá”, disse o empresário.

Marinho contou sobre como será a sua atuação, a partir de agora, dentro do grupo político de João Doria: “Quero ajudá-lo mais de perto. O que eu puder fazer, vou fazer. Ainda não tenho um papel definido. Conheço bem aquela turma do Bolsonaro. Ele fez a campanha dele na minha casa, no Rio. Primeiro, preciso ajudar o Doria a vencer a convenção do PSDB para ele ser o candidato indicado. Depois, o desafio será vencer a eleição. Tenho muito material guardado sobre o Bolsonaro. Posso reviver esse período, apontar as contradições e contribuir para a construção do discurso do João Doria”.

O plano de Marinho no Rio era lançar Mariana Ribas, ex-secretária municipal de Cultura, como candidata a prefeita. O empresário, inclusive, iniciou a pré-campanha. No entanto, Gustavo Bebianno, ex-secretário-geral da Presidência no governo Bolsonaro, assumiu o posto de candidato representando os tucanos. Antes do início  oficial da campanha, Bebianno morreu, aos 56 anos, após um infarto fulminante. Com isso, Marinho fechou apoio ao atual prefeito Eduardo Paes (PSD). No período em que o empresário presidiu a legenda, houve muitas críticas de correligionários, entre eles o deputado estadual Luiz Paulo, que deixou a sigla e se filiou ao Cidadania.

No ano passado, Marinho virou alvo do clã Bolsonaro. O empresário revelou que Flávio, filho mais velho do presidente, foi avisado antes sobre uma operação contra seu ex-assessor Fabrício Queiroz, preso suspeito de ser o operador do esquema conhecido como “rachadinha” – quando o parlamentar fica com parte dos salários de seus funcionários – no gabinete do hoje senador. À época, Flávio era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Marinho chegou a prestar depoimento à Polícia Federal sobre o caso.

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“Essa investigação não vai dar em nada. A família do Bolsonaro está 100% blindada. Mas eu também não estou preocupado com isso”, ressaltou Marinho.

Leia abaixo a íntegra da carta de Paulo Marinho:

“Ilmo.Dr.
BRUNO ARAÚJO
Presidente do diretório nacional do PSDB.
Caro Bruno
É com enorme satisfação que recebi sua carta, de 07 de junho, com o convite para permanecer na presidência da Comissão Provisória Estadual do nosso PSDB.
Está é uma missão que muito me honra, porém novos desafios , inclusive relacionados ao nosso partido e a opção da família por residir em São Paulo, me impossibilitam de aceitar o convite que me foi formulado.
Lamento muito, já que nesses 2 anos como presidente da comissão estadual fiz inúmeros amigos e passei a respeitar ainda mais o papel que o PSDB terá na reconstrução política e econômica do Estado do Rio de Janeiro. Os nosso princípios éticos e os valores que defendemos está em plena sintonia com os anseios dos eleitores fluminenses e nacionais para o encontro com as urnas em 2022.
Conte com a minha gratidão e estima, na certeza que em São Paulo continuarei contribuindo para a nossa vida partidária com o mesma dedicação que fiz no Rio de Janeiro.
Receba o meu afetuoso abraço
Paulo Marinho”

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