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Paulo Bernardo é um dos “melhores captadores de recursos do PT”, disse Delcídio em delação

Senador cassado relatou a procuradores da Lava Jato que o ex-ministro das Comunicações era o "operador financeiro" da sua mulher, a senadora Gleisi Hoffmann

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 jun 2016, 09h40

Em seu acordo de delação premiada, o ex-líder do governo Dilma no Senado Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) apontou a empresa Consist como o “braço financeiro” do casal petista Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo. Bernardo, que foi preso nesta quinta-feira durante a Operação Custo Brasil, foi citado por Delcídio como o “operador financeiro” de Gleisi, uma das principais integrantes da tropa de choque da presidente afastada Dilma Rousseff na comissão processante do impeachment, no Senado.

“Ressalte-se que o operador de Gleisi sempre foi o seu marido Paulo Bernardo, sendo que na visão do depoente, é um dos melhores captadores de recursos do PT. Cabe destacar que Gleisi tinha estreito relacionamento com outros petistas, como José Guimarães, Carlos Gabas, entre outros”, registra trecho da delação de Delcídio. Também nesta quinta, Carlos Gabas foi alvo de condução coercitiva para esclarecer seu envolvimento com o esquema de propina investigado na Custo Brasil, primeiro braço da Operação Lava Jato em São Paulo.

Às autoridades, Delcídio do Amaral também detalhou como a empresa Consist atuava para financiar o casal de petistas. “É de notório conhecimento sua relação com a empresa Consist, sendo que a Consist acompanha o casal Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann desde a época em que foram secretários do então governador do Mato Grosso do Sul Zeca do PT. A Consist sempre atuou como braço financeiro dos mesmos, e como mantenedora das despesas do mandato da senadora Gleisi nos últimos anos”, completou o delator.

No final de março, a Polícia Federal indiciou a senadora Gleisi Hoffmann e o ex-ministro das Comunicações Paulo Bernardo pelo crime de corrupção passiva. A senadora é alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) depois de ter sido citada pelos delatores Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa. Tanto o doleiro quanto o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras apontaram a parlamentar do PT como destinatária de 1 milhão de reais, desviados da Petrobras, e repassado como doação de campanha. Na versão de Youssef, o dinheiro sujo foi entregue a um preposto da petista em um shopping de Curitiba.

Suspeitas de envolvimento da senadora e de seu marido também foram detectadas depois de a Polícia Federal e o Ministério Público terem rastreado as movimentações do advogado e ex-vereador Alexandre Romano, preso na Operação Lava Jato por indícios de operar um esquema de pagamento de propina no Ministério do Planejamento. Há evidências de que Romano recebeu 37 milhões de reais em propina de empresas do Grupo Consist em um esquema que beneficiava firmas para a prestação de serviços de informática para gestão de empréstimos consignados.

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