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Pastor resiste a pressões e segue na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara

Marco Feliciano, do PSC, ignora cobranças e anuncia que pretende continuar no cargo. Presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, quer sua renúncia

Por Gabriel Castro e Marcela Mattos, de Brasília
20 mar 2013, 20h42

O deputado Marco Feliciano (PSC-SP) resistiu a mais um dia de pressão de manifestantes ligados ao movimento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) e parlamentares do PT e do PSOL para que renuncie ao cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Nesta quarta-feira, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), também cobrou pessoalmente do líder do PSC na Casa, André Moura (SE), uma solução para o impasse. Feliciano, entretanto, permanece irredutível: não sairá.

Nesta quarta, um grupo de manifestantes ocupou a sala da comissão e impediu a realização da audiência pública que estava agendada. Feliciano recorreu a uma prática comum na Câmara para tentar amenizar a pressão: ele passou o comando da sessão para Henrique Afonso (PV-AC), autor do requerimento de realização do debate, e deixou o plenário da comissão. Mas os protestos continuaram, dentro e fora da sala. Parlamentares de siglas de esquerda e militantes dos movimentos LGTB acusam o pastor de ter dado declarações racistas e homofóbicas.

Durante a tarde, Feliciano ouviu conselhos de aliados: Anthony Garotinho (PR-RJ) recomendou que deixasse o posto; já Arolde de Oliveira (PSD-RJ) pediu que não cedesse. Henrique Eduardo Alves também entrou em campo. Ele convocou Feliciano para uma reunião às 18h30. Às 18h15, o deputado do PSC pegou seu carro e deixou o prédio principal da Câmara sem falar com a imprensa: foi para uma reunião fechada com o líder de seu partido, André Moura (SE), no anexo IV do prédio. Lá, Feliciano repetiu que não estava disposto a sair e avisou que não iria se reunir com Henrique Alves. André Moura e o vice-presidente do PSC, Everaldo Pereira, compareceram ao gabinete do presidente e relataram a insistência de Feliciano em permanecer no posto.

Com os trabalhos da Comissão de Direitos Humanos inviabilizados devido aos protestos contra o pastor, Henrique Eduardo Alves cobrou do líder e do vice-presidente da legenda uma solução para dar fim ao impasse. Na prática, o recado foi direto: o peemedebista quer a saída de Feliciano. O líder do PSC, André Moura (SE), reconhece que a situação é desconfortável, mas repete o argumento que tem utilizado nos últimos dias: o partido referendou a indicação de Feliciano e a renúncia só pode vir do próprio presidente da Comissão de Direitos Humanos. Feliciano, por sua vez, argumenta que só sai se o partido retirar sua indicação.

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Após o encontro, quando foi informado de que Feliciano se recusa a abandonar a cadeira, o presidente da Casa disse que ainda busca uma saída para o caso. “Eu aguardo uma solução respeitosa que venha a dar condições de a comissão se reunir”. Embora não tenha estipulado prazo, afirmando que a decisão será tomada “nos próximos dias”, Alves reforçou que a resposta não pode demorar muito, já que as reuniões têm de ser normalizadas. O líder da legenda limitou-se a dizer que reunirá a bancada em busca de uma solução.

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