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Para crescer no Nordeste, Aécio investe em PE. E rebate ataques

Tucano teve agenda intensa no Estado natal de Campos. Recebeu apoio da família do ex-governador e afirmou: será lembrado como 'o melhor presidente para o NE'

Por Talita Fernandes, de Recife
11 out 2014, 20h26

De olho nos mais de 2,3 milhões de votos que Marina Silva conquistou em Pernambuco, o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, cumpriu neste sábado uma intensa agenda de campanha no Estado, terra natal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-governador Eduardo Campos, morto em acidente aéreo em 13 de agosto. O tucano começou o dia em um encontro com representantes dos movimentos sociais, onde leu e apresentou uma carta de compromissos ligados à área social e a mudanças na estrutura política do país – ações que estavam entre os pontos apresentados por Marina como condicionantes para declaração de apoio a ele no segundo turno. Aécio recebeu ainda uma carta aberta de apoio da viúva de Campos, Renata. O documento foi lido pelo filho homem mais velho do ex-governador, João Campos. Após um almoço na casa da família Campos, Aécio foi a Sirinhaém, cidade localizada na Zona da Mata, 78 quilômetros ao Sul do Recife. A passagem por Pernambuco se dá dois dias depois do périplo da presidente-candidata Dilma Rousseff (PT) pelo Nordeste: a petista visitou cinco Estados da região nesta semana – e em basicamente todas as viagens acusou os tucanos de ‘esquecerem’ os nordestinos.

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Do palanque em Sinharém, Aécio afirmou que, se eleito, vai ser lembrado “por ter sido o melhor presidente para o Nordeste brasileiro”. E respondeu as críticas de Dilma de que o PSDB “ignora o Nordeste”. “Não é justo fazer aquilo que fazem os que querem se manter no poder, dividindo os brasileiros entre nós e eles, dividindo as regiões, criando inimizades entre os brasileiros. Eu quero ser o presidente da integração nacional, da diminuição das diferenças e da união de todos os brasileiros”, respondeu.

O tucano, que recebeu apoio do PSB nacional, liderado pelo diretório pernambucano do partido, teve uma recepção calorosa no Estado, com direito a adaptação do jingle, bandeiras e fotos de Aécio ao lado de Paulo Câmara, governador mais bem voltado do país, eleito com 68% dos votos. O apoio massivo do PSB pernambucano, que liderou as articulações do partido em âmbito nacional para apoiar o candidato tucano, fez com que aparecessem, quase que da noite para o dia, bandeiras e adesivos estampando o rosto de Aécio em diversos pontos da cidade e, principalmente, em carros, ao lado de adesivos de Paulo Câmara. Durante o primeiro turno, a campanha do candidato do PSDB era bastante restrita, principalmente porque o partido não tinha palanque local, já que compunha a coligação de 21 siglas liderada pelo PSB de Câmara – e que tinha Marina como candidata ao Planalto. Aécio teve apenas 284.000 votos em Pernambuco, cerca de 6% do total. Para se ter uma ideia, Marina obteve 48% e Dilma, 44%. Tecnicamente empatado, mas numericamente à frente de Dilma Rousseff nas primeiras pesquisas deste segundo turno, o tucano aposta agora em crescer em Pernambuco para ter melhor desempenho no Nordeste, já que teve votação expressiva nas regiões Sul e Sudeste.

PT – A escolha de Sinharém para abrigar o comício do tucano foi simbólica: na cidade Marina obteve sua mais expressiva votação em todo o país – venceu com 74% dos votos. O local é também um reduto do PSB. Lá se deu o lançamento do programa Chapéu de Palha, criado pelo ex-governador do Estado, Miguel Arraes. O programa garantiu a ampla popularidade de Arraes, avô materno de Campos, por ter garantido benefícios a agricultores do interior, que eram frequentemente prejudicados pelas variações climáticas.

O discurso de Aécio e das lideranças do PSB durante o comício foi marcada pelas críticas ao PT, que eram recebidas com aplausos pela população. “Programas de transferência de renda como o Bolsa Família não são uma benevolência de um partido político, são um direito da população”, disse Aécio, rebatendo as ameaças que a candidatura de Dilma tem feito, dizendo que qualquer outro governo que for eleito vai acabar com os programas sociais. “Essa campanha está assustando os nossos adversários. Basta ver como a presidente aparece na televisão. A expressão é de desespero. Dali vêm as calúnias, as ofensas, as mesmas com que sofreram Marina e Eduardo”, disse Aécio, dizendo que vai responder aos boatos “com verdade e com propostas”.

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