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Para agradar PMDB, Temer pode criar cargo e entregar Justiça

Presidente criaria função de "líder da maioria" na Câmara, que pode enfraquecer o líder do governo, André Moura; nomeação para Justiça segue na pauta

Por Da redação
9 fev 2017, 09h52

Nas conversas que tem tido com parlamentares nos últimos dias, o presidente Michel Temer afirmou que estuda criar um novo cargo de poder na Câmara para afagar os descontentes da bancada do PMDB na Casa sem precisar retirar, da liderança do governo, o deputado André Moura (PSC-SE). Outra possibilidade é, segundo informação da coluna Radar, a nomeação de um deputado do partido para o Ministério da Justiça, função que tem Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) como “nome da vez”.

A ideia para a Câmara seria criar o cargo de líder da maioria, que provavelmente ficaria com algum peemedebista. Líder do governo no Congresso, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) confirmou a intenção do governo de criar a nova função, ressaltando que já existe de forma semelhante no Senado, “líder do governo fala pelo governo, o líder da maioria não é líder do governo, é líder do maior partido. São papéis complementares”. “A maioria apoia o governo, mas pode ter tratativas diferentes”, completou.

André Moura, que foi alvo de críticas por sua atuação considerada fraca na liderança, é um antigo aliado do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e integrante do grupo conhecido como “Centrão”. O presidente Temer teve encontros – fora da agenda – nesta quarta-feira, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com Jucá e com o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Segundo o líder do governo, a possibilidade de criar a liderança da maioria esteve em debate no seu encontro com o presidente, mas ressaltou, no entanto, que essa será uma “decisão interna da Câmara dos Deputados”.

Justiça

Paralela à discussão no Congresso, a definição do ministro da Justiça – cargo vago após a indicação de Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal (STF) – também tem movimentado os parlamentares do partido. O líder do PMDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP), foi procurado pelo presidente Temer para questionar se a nomeação de um deputado para o cargo pacificaria o partido e respondeu afirmativamente. Na bancada, os nomes mais fortes são os de Pacheco e Osmar Serraglio (PR).

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O PMDB pressiona para emplacar na pasta um quadro tido como aliado, já que muitos membros do partido estão citados no âmbito da Operação Lava Jato, investigação conduzida pela Polícia Federal, subordinada ao Ministério. Na terça-feira, no entanto, Temer afirmou publicamente que a escolha seria “pessoal”. Nesse caso, a aposta seria o nome do advogado criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, que era a primeira opção para o posto quando o presidente assumiu, em maio do ano passado.

Michel Temer teve de “desconvidar” Mariz após o advogado dar declarações contrárias a atuação da força-tarefa da Lava Jato e criticar as investigações. Segundo um interlocutor do presidente, agora poderia ser o momento de “compensar o mal estar com o amigo”. Outros nomes que estão sendo citados são o ex-secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro José Mariano Beltrame e o ex-ministro do STF Carlos Ayres Britto.

(Com Estadão Conteúdo)

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