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Palocci diz que bancos doaram R$ 50 milhões ao PT em troca de favores

Segundo o jornal 'O Globo', delação do ex-ministro aponta interesse de instituições em informações privilegiadas de mudanças na taxa básica de juros

Por Da Redação Atualizado em 19 jul 2019, 15h20 - Publicado em 19 jul 2019, 08h21

Em seu acordo de delação premiada homologado feito com a Polícia Federal, o ex-ministro Antonio Palocci mencionou doações que somam 50 milhões de reais, feitas por alguns dos maiores bancos do país, a campanhas do PT em troca de benefícios nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

De acordo com reportagem do jornal O Globo, que teve acesso à delação homologada pela Justiça, o ex-ministro citou casos envolvendo Bradesco, Safra, BTG Pactual, Itaú Unibanco e Banco do Brasil. Segundo noticiou o jornal, Palocci relatou que o interesse ia de informações privilegiadas sobre mudanças na taxa básica de juros a apoio do governo aos interesses das instituições. Todas elas negaram qualquer irregularidade.

O ex-ministro definiu as doações como “vantagens indevidas de modo dissimulado”. Segundo o jornal, Palocci entregou provas para confirmar seus relatos, como registros de deslocamentos de seu carro, anotações de sua agenda e indicações de quais doações oficiais estavam associadas a contrapartidas.

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De acordo com o relato do ministro à PF, um dos principais interesses das instituições financeiras era saber com antecedência se haveria alterações nas taxas de juros do Banco Central — caberia a ele e a seu sucessor, Guido Mantega, obter as informações. “Segundo Palocci, o escritório do Ministério da Fazenda na Avenida Paulista, em São Paulo, funcionava na era petista como uma central de repasse de informações a empresários. Em troca, as companhias se comprometiam a doar recursos ao PT”, diz o jornal.

Palocci fechou um acordo de delação premiada em abril de 2018 com a Polícia Federal, após a proposta do ex-ministro ser rejeitada pelos procuradores do Ministério Público Federal. O acordo foi homologado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que julga recursos relativos à Lava Jato. O ex-ministro ficou preso de setembro de 2016 a novembro de ano passado, quando passou a cumprir em casa, com tornozeleira eletrônica, sua pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um dos processos da operação. 

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