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Paixão que não se esconde

A obra de Bad Boy Preto mostrando a beijoca de Trump e Bolsonaro foi apagada menos de 48 horas depois de sua realização

Por João Batista Jr. Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 dez 2018, 07h00 - Publicado em 7 dez 2018, 07h00

O beijo quente da Guerra Fria, a bitoca de 1979 trocada entre o presidente da Alemanha Oriental, Erich Honecker, e o todo-poderoso secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética, Leonid Brejnev, foi um dos derradeiros momentos de relativa calma do bloco socialista. O resto é história. O desenho daquele ósculo, pintado pelo artista russo Dmitri Vrubel em 1990 numa das porções do que foi um dia o Muro de Berlim, transformou-se num dos grafites mais parodiados do mundo. Com algum atraso — mas nunca é tarde —, a inspiração veio dar numa parede caiada de Maracanaú, município cearense de pouco mais de 226 000 habitantes e IDH de 0,686 (idêntico ao da Palestina e inferior ao da Bolívia). O resultado dela mostrava Donald Trump e Jair Bolsonaro, os mais novos amigos de infância. Mostrava, não mostra mais, porque a obra do cearense Yuri Sousa, de 21 anos, conhecido como Bad Boy Preto, foi apagada menos de 48 horas depois de sua realização. Sousa diz ter sido filmado e questionado por uma pessoa enquanto executava o trabalho. Em Maracanaú, Fernando Haddad teve 61% dos votos no segundo turno. Bolsonaro, 39%.

A mão de tinta azul-clara que cobriu a alegoria de Yuri Sousa, com cerca de 9 metros quadrados, será para sempre incapaz de esconder a brincadeira. A foto no Instagram de Sousa com a imagem da beijoca somava mais de 9 000 curtidas na semana passada e só ganhava mais e mais fãs. Em tempos de redes sociais, nada se esconde. Mas o desenhista, chateado com a censura, procura um novo lugar para refazer a dupla apaixonada.

Publicado em VEJA de 12 de dezembro de 2018, edição nº 2612

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