Paes volta a defender aumento da passagem de ônibus
Prefeito afirmou que o aumento está previsto em contrato e precisa ser cumprido
O prefeito Eduardo Paes, que já havia confirmado que a passagem de ônibus será reajustada em 2014, voltou a defender o aumento nesta terça-feira. Respondendo à nota da Rio Ônibus, que manifestou preocupação sobre a indefinição do reajuste, Paes afirmou que o aumento está previsto no contrato com as empresas e que não quer transformar o Rio em uma cidade que não cumpre o acordado.
Durante a inauguração da ponte estaiada da Avenida Ayrton Senna, na Barra da Tijuca, o prefeito ressalvou que é preciso esperar a decisão do Tribunal de Contas do Município (TCM). O tribunal recomendou, há cinco dias, que o aumento não seja autorizado até que uma comissão conclua um estudo sobre a necessidade do reajuste.
“É importante respeitar o TCM. Agora, vamos cobrar celeridade do tribunal. Não quero transformar o Rio numa cidade que não cumpre contratos. Mas a cidade do Rio não vai pegar dinheiro público e botar na mão de empresas de ônibus”, disse Paes, referindo-se ao pagamento de subsídios aos consórcios caso o aumento não ocorra.
Paes criticou o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), que concedeu subsídio em troca do congelamento das tarifas. De acordo com cálculos da administração da capital paulista, o município desembolsará 8,6 milhões de reais para subsidiar a tarifa de ônibus ao preço de 3 reais nos próximos quatro anos.
“A passagem no Rio pode se equilibrar. Não vou deixar chegar a herança do (Fernando) Haddad, que colocou 1,5 bilhão de reais que podiam ser aplicados em saúde e educação na mão de empresários de ônibus. Não vou fazer isso com a cidade do Rio. Esse crime eu não vou cometer”, continuou Paes.
Leia também:
Rio tem mais um protesto contra aumento das passagens de ônibus
Estopim de protestos, passagem de ônibus volta a subir em 2014, admite Paes
SP desembolsará R$ 8,6 bi até 2016 para bancar subsídios à tarifa