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Os contatos de Bumlai com o poder

Polícia Federal encontrou 51 cartões de apresentação no quarto de Bumlai, quase todos de altas autoridades do poder público

Por Robson Bonin, Hugo Marques e Pieter Zalis, de Brasília
11 dez 2015, 15h57

O auto de apreensão de documentos que a Polícia Federal fez no final de novembro no quarto da residência de José Carlos Bumlai expõe a intimidade do pecuarista com autoridades dos Três Poderes. A polícia encontrou 51 cartões de apresentação no quarto de Bumlai, quase todos de altas autoridades do poder público, além de convites e cartas. Bumlai guardava com carinho, por exemplo, um convite que ele recebeu para a cerimônia de recebimento da faixa presidencial da presidente Dilma Rousseff, no dia 1º de janeiro de 2011, onde estava anexado um cartão de acesso ao Salão Niemeyer, 4º andar do Palácio do Planalto. No governo Lula, ele tinha livre acesso ao Palácio.

O pecuarista também guardou cartão enviado pelo presidente Lula, em 2010, com timbre da Presidência da República, no qual havia uma cópia de um pronunciamento do presidente. Lula e dona Marisa desejaram boas festas a Bumlai.

Vários cartões de apresentação encontrados no quarto do pecuarista têm telefone celular da autoridade anotado à mão e em alguns deles há registros sobre compromissos, prova de que o pecuarista teve encontros pessoais com as respectivas autoridades. Estavam no quarto de Bumlai os cartões do então presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, que hoje dirige o Instituto Lula, o cartão do então advogado-Geral da União, Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal, o ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral (PMDB) e de praticamente toda a direção do BNDES e da Petrobras, incluindo a ex-presidente da estatal Graça Foster.

Havia também um cartão do ex-vereador Alexandre Romano, que operava pagamento de propinas ao PT a partir de desvios no Ministério do Planejamento e acabou alvo da Operação Lava Jato. A PF também encontrou com Bumlai uma carta assinada pelo executivo Antônio Maciel Neto, investigado na Operação Zelotes por envolvido no esquema de compra de portaria em benefício da empresa Caoa.

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