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Operação para proteger eleição terá plano especial para o Rio

Defesa também vê riscos no Ceará e em São Paulo

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 6 out 2018, 13h53 - Publicado em 6 out 2018, 13h52

As Forças Armadas vão atuar durante as eleições em 510 localidades de 12 Estados do País, mas veem risco de conflitos violentos no Rio de Janeiro e em Fortaleza, como consequência da crise regional na segurança pública e da ação do crime organizado. Outro braço do processo de garantia do ciclo de votação, a Polícia Federal (PF) identificou também em São Paulo a possibilidade de haver choques diretos entre grupos de apoiadores dos candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). O risco é avaliado na condição dois, em uma escala até quatro.

A definição do tamanho do grupo da Defesa que vai trabalhar no Rio de Janeiro exigiu um plano especial. Sob intervenção federal na segurança pública desde fevereiro, houve dificuldade para separar os efetivos de cada compromisso. Há receio de que facções criminosas ligadas ao narcotráfico e a milícias comprometidas com roubo de carga, contrabando de armas e venda clandestina de serviços possam constranger os moradores das áreas que controlam. Cerca de 1,7 milhão de eleitores registrados no TRE-RJ vivem e votam nas “zonas vermelhas” – 184 favelas ou núcleos de ocupação.

O Ministério da Defesa montou uma operação nacional de Garantia do Voto e da Apuração (GVA) destinada a assegurar o acesso dos eleitores aos locais de votação e o funcionamento, sem constrangimento, das seções coletoras. O efetivo militar mobilizado é de 30.000 homens e mulheres. Outros 4.000 permanecem em regime de reserva. A coordenação do procedimento será feita a partir do Centro Operativo de Comando Conjunto (COC), que começou a funcionar nesta sexta-feira, no 5º andar do edifício do ministério, ligado a estruturas menores do mesmo tipo existentes nos comandos da Amazônia, Norte, Nordeste, Oeste e Leste – nos quais há atividade significativa da tropa na eleição. O investimento da Defesa na GVA é de 18,7 milhões de reais.

O programa total, estruturado pelo Ministério da Segurança Pública, abrange a PF, Exército, Marinha, Aeronáutica, Força Nacional, polícias estaduais, guardas municipais, polícias rodoviárias, bombeiros, Agência Nacional de Inteligência e times designados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – no total, cerca de 280.000 pessoas.

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O ministro Raul Jungmann afirmou nesta sexta, na abertura do Centro Integrado de Controle da Segurança, que “até agora não foram detectados indícios consistentes de conflito ou violência entre grupos políticos”.

De acordo com o almirante Ademir Sobrinho, chefe do Estado Maior Conjunto do Ministério da Defesa e comandante da GVA, a missão foi estruturada considerando um período de acompanhamento e informações produzidas por diversas fontes do setor de inteligência. “A Defesa só se movimenta atendendo a solicitações da Justiça eleitoral de cada Estado, trabalhando em duas vertentes: a proteção do processo, com a mobilização de pessoal, e o apoio logístico, que implica, por exemplo, o transporte de urnas com as equipes de funcionários.”

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Na Amazônia, a Força Aérea está empregando cinco aeronaves, entre as quais três grandes helicópteros Black Hawk, 17 veículos diversos e 408 militares para levar 195 urnas a pequenas comunidades situadas em pontos distantes da fronteira do Brasil com a Bolívia e o Peru.

A área de inteligência da Polícia Federal está monitorando há vários meses o trânsito de mensagens, compartilhamentos, conteúdo e postagens nas redes sociais. Ameaças e discursos de ódio são analisados por peritos treinados para avaliar o grau de perigo real. Adelio Bispo, o autor do ataque a faca contra Jair Bolsonaro, dia 6 de setembro, em Juiz de Fora (MG), não estava sob vigilância eletrônica. Segundo um agente dedicado a esse trabalho, a preocupação da PF em São Paulo está centralizada na militância de organizações de direita e esquerda que pretendam inibir eleitores ou que não aceitem o resultado. O esquema de plantão em regime especial será mantido até a meia noite de segunda-feira, dia 8. Se houver um segundo turno da votação, será reativado por uma semana, de 22 a 29.

Reforço em Pernambuco

1.300 policiais militares, de diversos batalhões, desembarcaram nesta sexta-feira no Quartel do Comando Geral, no bairro do Derby, no Recife. Eles vão reforçar a segurança do processo eleitoral deste domingo. O efetivo irá executar o trabalho na capital e em cidades do interior do Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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