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O que pode determinar a saída de Milton Ribeiro do MEC

Presidente prefere cozinhar Ministro da Educação em fogo brando; enquanto isso, Anderson Correia é sondado para a pasta

Por Ricardo Ferraz Atualizado em 22 mar 2022, 19h19 - Publicado em 22 mar 2022, 18h58

Na berlinda desde que veio à tona uma gravação em que negociava aplicação de verbas do Ministério da Educação com pastores evangélicos, Milton Ribeiro, o chefe da pasta, ainda se segura no cargo fiando-se na maneira pela qual o presidente da República costuma lidar com crises em seu primeiro escalão.

Quem acompanha o episódio de perto diz que o que Jair Bolsonaro prefere é cozinhar Ribeiro em fogo brando, até que a substituição ocorra sem o perigo do calor observado na Esplanada chamuscar o Palácio do Planalto. Foi assim, na saída dos antecessores de Ribeiro, Ricardo Velez e Abraham Weintraub.

A situação, obviamente, depende de a temperatura baixar sem que novas surpresas abalem as bases do ministério. Mas, por enquanto, a avaliação é que o ministro pode ter uma saída honrosa, inclusive se desincompatibilizando, como alguns de seus colegas, para concorrer a um cargo nas próximas eleições.

Enquanto isso, nomes começam a ser ventilados para o cobiçado cargo. O ideal é que o novo ocupante do MEC, uma das pastas mais disputadas do governo, satisfaça, ao mesmo tempo, as bancadas evangélicas e a ala militar. O nome que, por enquanto, atende a esses requisitos é o de Anderson Correa, reitor do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), conforme adiantado pela coluna Radar. Ao longo do dia, Correa recebeu diversos telefonemas de pessoas influentes no Planalto, com poder de interferir na decisão do presidente da República, sondando se ele aceitaria ocupar a cadeira de Ribeiro.

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O reitor, ex-presidente da Capes, entre janeiro e dezembro de 2019 tem boa interlocução com o deputado Sóstenes Cavalcanti, presidente da Frente Parlamentar Evangélica, e com Silas Malafaia, pastor e conselheiro de Bolsonaro. Além disso, como reitor do ITA, instituto subordinado à Aeronáutica, é bem visto pelos militares, e se alinha à direita. Essa é a quarta vez que seu nome circula por Brasília.

Logo depois da nomeação de Milton Ribeiro, em visita ao ITA, Bolsonaro se encontrou com Correia e, sorrindo, lhe disse: “Você bateu na trave”.

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