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O que Alcolumbre está fazendo não se faz, diz Bolsonaro sobre vaga no STF

O senador do Amapá tem travado o processo de indicação do ex-advogado-geral da União André Mendonça para assumir cadeira na Suprema Corte

Por Rafael Moraes Moura 10 out 2021, 20h38

O presidente Jair Bolsonaro subiu o tom neste domingo, 10, contra o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), que está travando o processo de indicação do pastor presbiteriano André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF). Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, Alcolumbre é o principal foco de resistência à escolha de Mendonça. Além de segurar o processo e não pautar a sabatina do nome escolhido por Bolsonaro, o senador tem trabalhado nos bastidores contra a indicação do pastor, avisando a interlocutores ter o número de votos necessários para barrar o nome do ex-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU). Aliados de Mendonça, no entanto, apontam que é blefe — e alegam que se Alcolumbre tivesse mesmo os votos que diz ter, já teria pautado a sabatina de Mendonça.

“Quem não está permitindo a sabatina é o Davi Alcolumbre, pessoa que eu ajudei na ocasião das eleições. Teve tudo que foi possível durante dois anos comigo e de repente ele não quer o André Mendonça. Quem pode não querer é o plenário do Senado, não é ele. Ele pode votar contra. Agora o que ele está fazendo não se faz. A indicação é minha”, disse Bolsonaro a populares, em Guarujá (SP), onde está aproveitando o feriado prolongado.

“Se ele (Alcolumbre) quer indicar alguém pro STF, pode indicar dois. Se candidata a presidente no ano que vem, em 2023 tem duas vagas (que vão abrir no STF), indica dois”, acrescentou o presidente, em referência às aposentadorias compulsórias dos ministros Ricardo Lewandowski e Rosa Weber, que vão completar 75 anos em 2023. Conforme informou a última edição de VEJA, a base evangélica do governo pressiona pela confirmação de Mendonça no STF. A postura intransigente de Alcolumbre também o levou a se tornar alvo de críticas de lideranças evangélicas no seu estado natal, o Amapá, onde vai disputar a reeleição no ano que vem.

Para assumir a cadeira deixada com a aposentadoria de Marco Aurélio Mello, em julho, André Mendonça precisa reunir o apoio de 41 senadores. A votação é secreta, o que abre margem para traições dos dois lados. O histórico, no entanto, é amplamente favorável às pretensões do pastor: a última vez que o Senado rejeitou um nome indicado para o STF foi em 1894, no governo do marechal Floriano Peixoto.

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