O motivo que fez 3 entre 55 petistas votarem contra apoio a Freixo
No último fim de semana, diretório fluminense do partido aprovou o nome do PSB para concorrer ao governo e o do petista André Ceciliano para o Senado
O PT do Rio de Janeiro confirmou no último fim de semana o que Lula balizou alguns dias antes, em passagem pelo estado: o apoio a Marcelo Freixo (PSB) na eleição para o Palácio Guanabara e ao petista André Ceciliano, presidente da Alerj, na disputa pelo Senado.
Mesmo alvo de críticas de parte da militância do partido, que o considera pouco ligado ao ideário de esquerda, Ceciliano foi aprovado por unanimidade entre os 55 correligionários que participaram da votação. Já Freixo teve a objeção de três votantes, e o motivo tem nome, sobrenome e localização: Rodrigo Neves e Niterói.
Os três opositores são da cidade do outro lado da ponte e ligados ao ex-prefeito Neves, pré-candidato do PDT ao governo do Rio. E defendem, portanto, que o partido tenha uma aproximação com o pedetista – que, apesar de ser oficialmente o nome de Ciro Gomes no estado, não disfarça os acenos a Lula.
Nas pesquisas, Neves aparece no patamar de 10%, enquanto Freixo e Cláudio Castro (PL) passam dos 20%. O niteroiense tem um acordo com o grupo político do prefeito carioca, Eduardo Paes (PSD), para caminharem em parceria neste ano. O nome de Paes é o advogado Felipe Santa Cruz, ex-presidente da OAB. A definição sobre qual dos dois será de fato o candidato tende a sair ainda em abril.