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O ‘desafio’ de Braga Netto no comando da Casa Civil

General assumirá uma pasta importante para o Executivo, mas esvaziada durante o governo. 'Sai da parte bélica e vai para a burocracia', ressaltou Bolsonaro

Por André Siqueira Atualizado em 14 fev 2020, 10h44 - Publicado em 14 fev 2020, 10h22

Anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro como novo ministro da Casa Civil, o general Walter Braga Netto assumirá uma pasta historicamente importante para o Executivo, mas que foi esvaziada pelo governo em seus pouco menos de 14 meses de gestão. Respaldado pelas Forças Armadas e prestigiado por sua atuação na intervenção federal no Rio de Janeiro, Braga Netto terá a função de coordenar os outros ministros, como anunciou o presidente em sua live semanal, no Facebook.

“Eu falo muito em se antecipar a problemas. Em havendo qualquer coisa que possa não dar certo, que pode acontecer, que o ministro, às vezes, tem algum problema, e ele [general Braga Netto] está lá pra ajudar e se antecipar a esses casos que possam não beneficiar a administração”, disse Bolsonaro.

Mais cedo, o presidente da República havia anunciado, em suas redes sociais, as trocas no comando dos ministérios. Além de Braga Netto, Onyx Lorenzoni, que ocupava o cargo até esta quinta-feira, será transferido para o Ministério da Cidadania, no lugar de Osmar Terra, que é deputado federal pelo MDB e reassumirá o mandato na Câmara.

Um dos principais ministérios da Esplanada, a Casa Civil é responsável, por exemplo, pela relação institucional entre o Executivo e os demais Poderes – na sessão de abertura do ano legislativo de 2020, coube a Onyx Lorenzoni representar Bolsonaro e entregar a mensagem com as metas do ano para o Congresso Nacional. No entanto, a pasta foi sendo esvaziada ao longo do governo.

Em junho do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro transferiu a articulação política da Casa Civil para a Secretaria de Governo, comandada pelo general Luiz Eduardo Ramos. Em janeiro deste ano, o Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) foi transferido para o Ministério da Economia, de Paulo Guedes, após o episódio no qual o então número dois de Lorenzoni, José Vicente Santini, utilizou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para fazer viagens à Suíça e à Índia.

Em sua live, nesta quinta-feira, Bolsonaro destacou que a ida de Braga Netto será “mais um desafio” ao general. “Bem-vindo, Braga Netto, muito obrigado por você ter aceito esse convite. E, para você também, não deixa de ser mais um desafio, você sai da parte bélica e vai para a burocracia”, disse o presidente.

A nomeação de Braga Netto também representa uma demonstração de força do grupo militar no governo Bolsonaro, já que todos os ministros que despacham no Palácio do Planalto vieram da caserna – além de Braga Netto e Luiz Eduardo Ramos, compõem a equipe palaciana Jorge Oliveira (Secretaria-Geral), major da Polícia Militar, e o general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).

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