O cálculo político de Eduardo Leite
Ideia é colocar imagem na rua para se cacifar como candidato natural do PSDB à Presidência em 2026
Alçado como um dos nomes da fracassada terceira via, o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) deverá se manter no noticiário político como forma de se cacifar como o candidato tucano à Presidência da República em 2026. A avaliação, feita no círculo político de Brasília, é que depois do esfacelamento do PSDB, que deve marchar com a emedebista Simone Tebet na disputa de outubro, Leite, representante da ala mais jovem da sigla mas apadrinhado por caciques como Tasso Jereissati e Aécio Neves, tende a ser o nome natural do partido para daqui a quatro anos.
A exemplo de João Doria, rifado pelos próprios correligionários após ter vencido as prévias que escolheriam o candidato tucano ao Palácio do Planalto, Leite saiu desgastado por ter se colocado à disposição para substituir o ex-governador paulista depois do racha partidário e por ter renunciado ao governo estadual e na sequência ser citado como virtual candidato ao Palácio Piratini em outubro. Ainda assim, caciques partidários apostam que o gaúcho se manterá no círculo de influência política pelos próximos quatro anos para se apresentar como presidenciável em 2026.
Um dos caminhos para resguardar a relevância política seria Leite se candidatar a uma vaga na Câmara dos Deputados, o que o permitiria puxar votos em benefício do partido e construir os alicerces do projeto presidencial.