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O argumento de petistas para neutralizar ataques de Bolsonaro às urnas

Apoiadores do ex-presidente acreditam que vitória de Lula no primeiro turno minaria retórica bolsonarista contra o sistema eleitoral

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 ago 2022, 08h30 - Publicado em 7 ago 2022, 10h29

Imbuídos em tentar liquidar a eleição presidencial já no dia 2 de outubro, petistas do entorno do ex-presidente Lula pretendem utilizar um argumento extra na estratégia de convencimento de potenciais eleitores que hoje preferem os adversários, que estão indecisos ou que simplesmente dizem votar em branco ou nulo. O foco dos lulistas para um universo que representa de 10% a 15% dos brasileiros a depender do instituto de pesquisa é afirmar que, além de o ex-presidente ser o mais talhado para derrotar Jair Bolsonaro, acabar com a eleição já no primeiro turno também serve como antídoto para enfraquecer o discurso do capitão reformado contra o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas.

Isso porque como no primeiro turno serão eleitos 27 senadores, 513 deputados federais, mais de 1.000 deputados estaduais e distritais e boa parte dos governadores de Estado, uma eventual contestação – ainda que meramente retórica – de Bolsonaro contra o resultado eleitoral significaria também o mandatário colocar em xeque vitórias de seus próprios correligionários, inclusive de Eduardo Bolsonaro, deputado candidato à reeleição e provável puxador de votos para o PL em São Paulo.

De acordo com o deputado Alexandre Padilha (PT-SP), a ideia é que lideranças locais, como prefeitos e vereadores, influenciadores em redes sociais e artistas explorem o ambiente de uma “eleição plebiscitária”, martelem políticas do governo petista, como programas sociais e a relação diplomática do Brasil com o exterior, e ampliem o discurso de que é necessário derrotar Bolsonaro “o mais rápido possível”, sob pena de o presidente poder ampliar ainda mais o ataque às instituições e às urnas eletrônicas.

Pesquisa Quaest divulgada na quarta-feira, 3, mostra Lula com 44% contra 32% do atual presidente, cenário que não garante vitória em primeiro turno, uma vez que a soma das intenções de votos de todos os outros candidatos – 42% – configura cenário de empate técnico com o desempenho do petista. “O centro do trabalho é a força da memória do legado dele, inclusive para eleitores das outras candidaturas, e a rejeição do Bolsonaro. Não precisa ficar comparando entre nós e os outros. A gente não quer convencer nenhum outro eleitor se um é melhor do que o outro. Queremos convencer que o presidente Lula é quem pode derrotar o Bolsonaro e que, quanto maior a votação que tivermos no primeiro turno, melhor”, diz Padilha. 

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