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Nove cidades do Rio entram em estado de alerta máximo

Nível dos rios da região preocupa autoridades. Em Brasília, governo convoca reunião de emergência com cinco ministros para discutir as chuvas na Região Sudeste. Dilma Rousseff assume grupo de trabalho na segunda-feira

Por Da Redação
8 jan 2012, 19h38

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) do Rio de Janeiro alterou, no final da tarde deste domingo, o status das nove cidades do Norte e Noroeste fluminense para estado de alerta máximo. Embora a chuva não esteja tão forte, diz o Inea, o nível dos rios da região, principalmente o Rio Muriaé, não para de subir, deixando as autoridades preocupadas. As cidades da Região Serrana e da Baixada Fluminense estão em estado de atenção.

De acordo com a Defesa Civil do estado, três cidades do Norte fluminense – Itaperuna, Italva e Laje do Muriaé -, correm riscos de novos deslizamentos por causa das chuvas do final de semana. Nos três municípios, segundo o Inea, choveu acima de 50 milímetros nas últimas 24 horas – apenas em Italva foram 63,6 milímetros. A previsão do instituto para as cidades da região era de 300 milímetros para todo o mês de janeiro.

Em Laje do Muriaé choveu 46,2% do esperado no mês nos últimos quatro dias, de acordo com cálculos do site de VEJA em cima de números do Inea. O nível do Rio Muriaé voltou a subir após 120 milímetros de chuvas na última madrugada, chegando a 6,5 metros – 2 metros a mais em apenas uma noite. A cidade já registra 3.000 desalojados e 123 desabrigados. Segundo o Inea, já há pontos com graves transbordamentos.

A Defesa Civil de Itaperuna pediu que as famílias que moram em regiões de encostas deixem suas casas. O secretário municipal de Defesa Civil de Itaperuna, major Joelson Oliveira, disse que, durante a madrugada deste domingo, houve deslizamentos de terra no bairro de São Mateus e, pela manhã, no bairro Aeroporto. Não houve vítimas nos dois casos. De acordo com Oliveira, existem na cidade 106 desabrigados e 3.000 desalojados. Ao todo, foram montados sete abrigos.

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Boletim publicado pela Defesa Civil fluminense na noite de sexta-feira contabiliza 6.287 desalojados e 2.361 desabrigados. Até o momento, seis municípios decretaram situação de emergência.

Reunião – As chuvas que atingem a Região Sudeste e a seca no Rio Grande do Sul fizeram o governo convocar cinco ministros para uma reunião na noite deste domingo. Participaram do encontro, que durou quase três horas, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, os titulares da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho; da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante; dos Transportes, Paulo Passos; e da Saúde, Alexandre Padilha.

A reunião interministerial ocorreu a portas fechadas no Centro Nacional de Gerenciamento de Risco e Desastres, em Brasília. O Planalto deve reforçar as equipes de geólogos e outros técnicos que acompanham a situação das chuvas nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. O governo prevê que a massa de ar que se encontra no Sudeste descerá até o Rio Grande do Sul nos próximos dois meses, aliviando a seca que atinge o estado.

Os cinco ministros apresentarão o balanço das ações de suas pastas nesta segunda-feira à presidente Dilma Rousseff. A reunião no Palácio do Planalto foi marcada para as 10h30. De acordo com a assessoria do ministro Fernando Bezerra, ele não deve se encontrar com Dilma reservadamente para conversar sobre a crise em sua pasta. Na sexta, o ministro informou no Twitter que recebeu uma ligação da presidente e que se reuniria com ela no próximo dia 9.

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Bezerra é acusado de ter beneficiado seu filho, o deputado federal Fernando Coelho Filho (PSB-PE), na liberação de emendas parlamentares e de ter destinado 90% das verbas antienchentes para Pernambuco, seu estado.

Saiba por que o Brasil não consegue vencer a batalha contra as chuvas:

(Com Agência Estado)

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