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Nova denúncia da Lava Jato acusa Paulo Preto de lavagem de dinheiro

Ex-diretor da Dersa transferiu US$ 400 mil de uma conta na Suíça para uma offshore de Hong Kong, que atuava em conjunto com o operador Rodrigo Tacla Duran

Por André Siqueira Atualizado em 24 jun 2019, 19h12 - Publicado em 24 jun 2019, 18h14

A força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná apresentou, nesta segunda-feira, 24, uma nova denúncia contra o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto. Ele é acusado de lavagem de dinheiro no exterior, em 2016, no montante de 400.000 dólares.

Apontado como operador financeiro do PSDB, Paulo Preto foi diretor da Dersa (estatal de obras viárias do governo paulista) de 2005 a 2010, nos governos tucanos de Geraldo Alckmin e José Serra no estado de São Paulo.

Segundo o Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR), no dia 23 de maio de 2016, Paulo Preto transferiu 400.000 dólares de sua conta na Suíça, mantida no nome da offshore Groupe Nantes, para a conta titularizada pela offshore Prime Cheer Ktd., mantida em instituição financeira sediada em Hong Kong e controlada pelo doleiro Wu-Yu Sheng, que atuava em conjunto com o operador financeiro Rodrigo Tacla Duran.

Para ter acesso à quantia no Brasil, Tacla Duran teria realizado quatro entregas, em maio e junho de 2016, do valor equivalente em reais no Brasil a Paulo Preto. As operações foram registradas em detalhe por Paulo Vieira de Souza em seu celular como “Grude – OK Rui Rei”, sendo “Rui Rei” um dos codinomes utilizados por Tacla Duran. O apelido foi admitido pelo operador em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da JBS.

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Nas anotações realizadas em maio e junho de 2016, Paulo Preto fez constar a taxa de conversão dos 400.000 dólares repassados no exterior e os valores das quatro operações de entrega dos valores em reais no Brasil, por Tacla Duran: 400.000 reais, 400.000 reais, 450.000 reais e 130.000 reais.

O MPF pede, na denúncia, a decretação de nova prisão cautelar do ex-diretor da Dersa. Segundo os procuradores, “ficou evidenciado que, em liberdade, o operador persistiu dissipando o seu patrimônio obtido ilicitamente a partir da conta bancária que abriu no Deltec Bank and Trust Limited, nas Bahamas, para onde foram enviados, no início de 2017, cerca de 34 milhões de dólares que antes mantinha na Suíça. A partir da nova conta nas Bahamas, foram realizadas ao menos sete transferências, entre 2017 a 2019, que somaram mais de 5 milhões de dólares”.

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Paulo Preto está preso em Curitiba desde fevereiro deste ano, como desdobramento da 60ª fase da Lava Jato. Em março, ele foi condenado a 145 anos e oito meses de prisão. Ele foi considerado culpado por supostos desvios de 7,7 milhões de reais, que deveriam ser destinados à indenização de moradores impactados por obras da Dersa.

Essa foi a segunda condenação de Paulo Preto. Na primeira, também em março, foi condenado a 27 anos e oito meses de prisão por acusação de cartel nas obras do trecho sul do Rodoanel.

Procurada por VEJA, a defesa de Paulo Preto não se manifestou até a publicação desta reportagem.

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Leia a íntegra da denúncia aqui.

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