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No penúltimo debate, Dilma e Aécio ficam na retranca

A uma semana da votação, os dois candidatos à Presidência travaram embate sem surpresas na Record e não repetiram o clima tenso do encontro no SBT

Por Bruna Fasano, Felipe Frazão, Laryssa Borges e Talita Fernandes
19 out 2014, 23h12

A distância que a TV Record determinou entre as bancadas de Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) no penúltimo debate na televisão antes das urnas, na noite deste domingo, era tudo o que os dois candidatos à Presidência da República queriam. A uma semana da eleição, Aécio e Dilma travaram um debate morno e sem surpresas, repisando frases ensaiadas e repetidas à exaustão nas propagandas eleitorais na TV. Não houve pancadaria. Mais: os comandos das duas campanhas avaliaram que o tenso embate no SBT, na última quinta-feira, marcado por ataques pessoais, causou estragos.

O duelo deste domingo não tirou nenhum dos candidatos do sério. O script foi o mesmo: Aécio lembrou a profusão de escândalos na Petrobras, e Dilma respondeu dizendo que o PSDB planejava vender a Petrobras quando governou o país. Aécio apontou a inflação crescente, e Dilma disse que os “pessimistas” não reconhecem as conquistas sociais dos doze anos de governo do PT.

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A petista até ensaiou ataques, por exemplo, sugerindo que um eventual governo tucano reduziria o papel dos bancos públicos – Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Aécio reclamou do terrorismo eleitoral: “Quero me dirigir aos funcionários do Banco do Brasil, da Caixa Federal, eles sim estão sofrendo com o terrorismo da propaganda. No nosso governo não haverá senhores Pizzolatos à frente do Banco do Brasil”, disse, em alusão a Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil que ficou famoso pela fuga hollywoodiana após ser condenado no julgamento do mensalão.

Ao falar da inflação, o tucano sacou uma carta nova: citou o Chile como exemplo de país vizinho cuja economia cresce mais do que a brasileira. “O Chile consegue crescer bem mais do que o Brasil, controlando sua inflação. Onde está o erro, candidata?”, cutucou. Dilma, por sua vez, resgatou o discurso do desemprego: “Para ter 3% de inflação, o senhor vai triplicar o desemprego, que vai para 15%, e o senhor vai elevar a taxa de juros, como já fizeram antes, esse é o receituário”.

Petrobras – A temperatura quase subiu quando a Petrobras foi o tema. Aécio questionou a petista sobre a revelação de que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi um dos beneficiários do esquema montado para desviar recursos da estatal para políticos e partidos. “A senhora reconhece agora que houve desvios na Petrobras. O tesoureiro do seu partido, João Vacari Neto, continuará também como membro do conselho de administração de Itaipu. A senhora confia nele, candidata?”, disse. A petista rebateu dizendo que o delator do esquema de desvios, Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, apontou o ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra, como beneficiário. “O senhor confia em todos aqueles que segundo as mesmas fontes que acusam o Vaccari dizem que o seu partido, o presidente dele, que lamentavelmente está morto, recebeu recursos para acabar com a CPI?”, questionou. Último a falar, o tucano devolveu: “Se na Petrobras, onde ele não tinha acesso formal, dois terços da propina eram transferidos para ele, fico imaginando em Itaipu, onde ele tem um crachá e assina documentos, o que pode estar acontecendo lá”. Mas parou aí. Na campanha mais acirrada do país desde a redemocratização, nem Dilma nem Aécio quiseram arriscar. O próximo – e derradeiro confronto – será na sexta-feira, antevéspera das eleições, na TV Globo.

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