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No dia de Tiradentes, povo pedirá julgamento do mensalão

Pelo menos 80 atos prometem mobilizar 25 das 27 unidades da federação. No dia 25, o ministro Lewandowski receberá em mãos um abaixo-assinado e uma ampulheta

Por Rafael Lemos
19 abr 2012, 15h17

O feriado de Tiradentes, no próximo sábado, será marcado por uma série de manifestações nas ruas do país, cobrando agilidade no julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Estão previstos pelo menos 80 atos, em 25 das 27 unidades da federação. A expectativa é de que as maiores concentrações sejam em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e Brasília. Se não for julgado até junho, o processo do mensalão deverá ter que ser adiado para 2013, tendo em conta a aposentadoria do ministro Cezar Peluso até o fim de agosto e a proximidade das eleições municipais.

Clique e confira a hora e o local das manifestações

No Rio e em algumas cidades, os organizadores aproveitarão para coletar as últimas assinaturas do abaixo-assinado que será entregue ao ministro Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão, durante uma audiência agendada para as 16 horas do próximo dia 25, no salão branco do STF. Até esta quinta-feira, já são mais de 16 mil assinaturas, entre as obtidas em papel e na petição online na internet. O ministro também receberá um manifesto e uma ampulheta, ambos com o objetivo de lembrá-lo que o tempo urge e beneficia os mensaleiros.

Os organizadores admitem que é difícil mobilizar as massas para protestos contra a corrupção, apesar de a população se mostrar bastante indignada com casos como o do mensalão. No Rio, a estratégia será levar um carro de som com música para o Posto 9, na praia de Ipanema. O evento também pretende ser breve, tendo no máximo duas horas de duração. Além do julgamento do mensalão, os manifestantes cariocas pedirão que a CPI do Cachoeira seja ampla, geral e irrestrita, investigando autoridades e políticos envolvidos de todos os partidos e também os corruptores apontados nas investigações da Polícia Federal, como o bicheiro Carlos Cachoeira e o empresário Fernando Cavendish, dono da empreiteira Delta.

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“Sabemos que um evento desses pode ser cansativo e até mesmo chato para os menos politizados. Por isso, levaremos música para animar. Nas ruas, a adesão é supreendente. As pessoas fazem fila para o abaixo-assinado. Dizem que o mensalão é um absurdo. Por outro lado, não entendo por que não se mobilizam mais. Compartilhar uma notícia de corrupção por e-mail ou Facebook é importante, mas também é preciso ir para as ruas no feriado de Tiradentes”, afirma Marcelo Medeiros, fundador do Movimento 31 de Julho, do Rio.

Na capital paulista, o ponto de encontro será na Avenida Paulista, na altura do Masp. Cerca de 300 pessoas com cartazes brancos nas mãos deverão formar as letras das palavras “SOS STF”. Num trio elétrico, a banda de rock Pega Ladrão tocará músicas de protesto, como Que país é esse?, da Legião Urbana. O MuCo (Museu da Corrupção) promete levar estátuas para a manifestação.

A adesão popular pode ser determinante para que o mensalão seja julgado ainda este ano, defende uma das organizadoras: “Conversamos com alguns desembargadores e dizem que é muito difícil que o julgamento saia este ano. O erro foi colocar os 40 réus juntos no mesmo processo. Estamos com falta de esperança, mas acreditamos que a pressão popular pode qualquer coisa. Essa manifestação em 80 cidades pode fazer a diferença, dando visibilidade inclusive em outro países. O importante é termos quantidade. Cada cidadão faz diferença”, Carla Zambelli, do Movimento Nas Ruas.

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