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No aniversário do PT, Gleisi Hoffmann diz que partido não está morto

Deputada fez discurso durante ato em comemoração aos 39 anos da sigla, na capital paulista. Fernando Haddad também participou do evento

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 9 fev 2019, 22h42 - Publicado em 9 fev 2019, 21h48

A deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), disse neste sábado, 9, que o partido não está “morto ou enfraquecido”, como quer “bradar a turma de Jair Bolsonaro” e afirmou que uma das provas do “vigor” do partido foi o resultado das eleições de outubro, com o ex-candidato à presidência Fernando Haddad recebendo 45 milhões de votos.

Gleisi fez discurso durante ato para a comemoração do aniversário de 39 anos do PT em evento na capital paulista. “Quando apostavam que íamos desistir ou que estávamos mortos, lá estávamos nós de novo, renascendo, ressurgindo, sempre na luta”, disse a deputada.

Ela usava uma camiseta vermelha onde se lia “Lula Livre” e disse que o ex-presidente ainda “incomoda muito”. “Se o PT estivesse morto e enfraquecido, não seríamos pauta todo dia nos jornais”, disse.

A parlamentar afirmou que o PT enfrentou nesses 39 anos uma série de preconceitos e um dos principais foi pelo fato de Lula, um ex-torneiro mecânico, ser presidente, além de ser alvo constante de campanhas de desconstrução.

“Enfrentamos o preconceito, porque diziam que não tínhamos gente qualificada para governar prefeituras, estados”, disse ela. “Desde o mensalão tentam enterrar o PT, Lula e nossas lideranças.”

Durante a fala, Gleisi disse que a ex-presidente Dilma Rousseff foi tirada do cargo “no tapetão”.

A presidente do PT criticou Bolsonaro, afirmando que ele não tem qualificações para governar. Ela prometeu forte oposição ao atual governo, que “não terá tréguas”. “Não permitiremos retrocesso ao povo brasileiro”, disse.

Presente no evento, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad criticou o presidente Jair Bolsonaro, afirmando que a família dele está “mais enrolada” em 30 dias de governo do que o PT em toda sua história, em uma menção velada ao caso do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). O petista disse ainda que o militar reformado só o derrotou nas eleições por causa de fake news.

“Colocaram uma família no poder que está mais enrolada em 30 dias que esse partido em 39 anos. Não conseguem explicar nada e vão surgindo escândalos. Vão fugindo dos debates, fazendo o que fizeram na campanha. Eles fogem porque não têm o que explicar”, disse, durante discurso.

Haddad prometeu ainda que o PT estará forte nas próximas disputas eleitorais. “Eles que nos aguardem em 2022 e, antes disso, em 2020, vamos para a disputa, e para vencer”, afirmou.

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“Ganharam (as eleições) na mão grande para apresentar projetos que não correspondem aos anseios populares”, disse o petista, ressaltando que os planos apresentados por Bolsonaro e sua equipe nos primeiros 30 dias “são os mais atrasados já apresentados para o povo brasileiro”. “Todos os projetos jogam o Brasil 30, 40, 100 anos para trás.”

Lula

Haddad usou a primeira parte de seu discurso para criticar a segunda condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que recebeu nesta semana sentença em primeira instância de 12 anos 11 meses por corrupção e lavagem de dinheiro em ação da Lava Jato sobre o sítio Atibaia. A existência do local e os favores da Odebrecht a Lula foram reveladas em 2015 por VEJA.

Segundo Haddad, a Justiça não conseguiu demonstrar que houve crime. “Se você não disser qual foi o ato cometido pelo Lula que tenha contrariado o interesse do povo brasileiro, você não pode condenar nem o Lula nem nenhum servidor público”, disse.

O ex-prefeito disse que Lula é investigado há 40 anos, mas sem que irregularidades tenham sido encontradas. “Todo mundo presta atenção em tudo o que o Lula faz e fala, e assina, tudo passou por exame. Eles não conseguiram, em anos de investigação, mostrar um ato, um único ato do Lula que tivesse contrariado interesse do povo.”

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Haddad disse ainda que a ex-presidente Dilma Rousseff foi tirada do poder por um impeachment sem base legal e sem crime de responsabilidade e em seguida “eles se apressaram em condenar o Lula” para retirá-lo da disputa presidencial.

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