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Fernando Haddad é anunciado como candidato a vice de Lula

Com a escolha, ex-prefeito vira substituto provável do ex-presidente, inelegível por entendimento da Ficha Limpa; PCdoB retirou Manuela e aderiu à chapa

Por Guilherme Venaglia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 ago 2018, 02h51 - Publicado em 6 ago 2018, 00h03

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad foi anunciado na noite deste domingo (5) como vice na chapa que tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como candidato à Presidência. Com o virtual impedimento de Lula pelo atual entendimento da Lei da Ficha Limpa, Haddad se torna o “plano B” do PT, o provável substituto em caso de rejeição da candidatura do ex-presidente pela Justiça Eleitoral.

Oficialmente, Haddad assume a condição de vice apenas para “representar” Lula até que a situação do ex-presidente esteja juridicamente “regularizada”. Em discurso, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que a candidata a vice-presidente que estará na urna em 7 de outubro é Manuela D’Ávila, depois que, na última hora antes do final do período legal para convenções, o PCdoB aceitou retirar a candidatura de Manuela para ingressar na coligação petista.

Ou seja, segundo o discurso do PT, Haddad é vice apenas para ser o “candidato-tampão”, participando de eventos, sabatinas e debates. Nos bastidores, no entanto, já é dado como certo que Lula não conseguindo uma decisão judicial para participar das eleições, o que é provável, Haddad assumirá a cabeça de chapa, com a comunista como vice. O PCdoB aceitou o acordo diante da promessa pública de que Manuela estaria na coligação ao final do prazo.

A pressa do PT, após o partido ter dito que não anunciaria um candidato a vice, foi um entendimento de técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de que as chapas e as coligações tem que estar completas no final do prazo legal de convenções, que se encerrou às 0h de domingo para segunda-feira (6). O PT não concorda com o entendimento, mas preferiu não correr o risco de deixar o partido de fora das eleições.

“Nós entendemos que essa movimentação de técnicos do TSE, não passou por ministros, é uma ação que foi feita exatamente para colocar mais obstáculos à candidatura do ex-presidente Lula. Lamentamos profundamente pela intervenção da Justiça Eleitoral na decisão dos partidos políticos, mas nós não vamos dar nenhuma razão, nenhum motivo, para que tentem impedir o ex-presidente Lula de ter seu registro em 15 de agosto, em Brasília, com grande movimento popular”, afirmou a senadora Gleisi Hoffmann.

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Perfil

Formado em Direito pela USP, Fernando Haddad ganhou destaque entre 2005 e 2012, período em que exerceu o cargo de ministro da Educação nos governos de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o mais longevo da história brasileira. Eleito prefeito de São Paulo, comandou a capital paulista entre 2013 e 2016, quando disputou a reeleição contra João Doria (PSDB) e acabou ficando em segundo lugar.

Haddad se tornou o favorito para substituir Lula desde que ficou de fora das disputas locais em São Paulo e assumiu a coordenação do programa de governo da candidatura do PT, ficando responsável por reunir e condensar as propostas que o partido pretende defender na campanha. O outro nome que chegou a ser cogitado como opção, o do ex-governador da Bahia Jaques Wagner (PT), foi lançado como candidato ao Senado na convenção baiana da legenda.

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