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‘Não ficou bem para a polícia’, diz Haddad sobre protesto

Prefeito de São Paulo defende investigação de "conduta excessiva" da Polícia Militar na repressão a atos contra aumento da tarifa de ônibus, trem e metrô

Por Felipe Frazão 14 jun 2013, 14h14

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse nesta sexta-feira que “não ficou bem” para a Polícia Militar (PM) a reação aos protestos contra o aumento da tarifa de transporte na noite de quinta-feira na capital paulista. Em entrevista na sede da prefeitura paulistana, Haddad defendeu a investigação pela Corregedoria da PM do que chamou de “conduta excessiva” de policiais. O secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, determinou que eventuais excessos sejam apurados.

O prefeito afirmou que os paulistanos “estão repudiando excessos de quem quer que seja” e também “cenas lamentáveis”, lembrando que manifestantes também atacaram policiais. “Isso não é uma questão da corporação, mas há indivíduos que precisam ser investigados na sua conduta excessiva. O secretário Grella tomou a providência correta de anunciar a apuração rigorosa”, disse Haddad. “A população de São Paulo não compactua coma violência de nenhum lado. Ela exige que as pessoas tenham mais serenidade para apresentar suas ideias e se expressar.”

Ao reprimir o ato com cerca de 5.000 pessoas na quinta, a Tropa de Choque da PM atirou balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo contra manifestantes. Líderes do Movimento Passe Livre (MPL) e integrantes de partidos políticos de esquerda, como PSOL, PSTU, PCO e do próprio PT bloqueram ruas e montaram barricadas com sacos de lixo incendiados, além de pichar e quebrar ônibus, além de atirar pedras nos policiais.No total, 234 pessoas foram detidas.

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Vereadores do PT, partido de Haddad, apoiaram o Movimento Passe Livre em protestos da gestão Gilberto Kassab (PSD). Haddad alegou que “a crítica era que o aumento anterior estava acima da inflação” e disse que o movimento agora recusa o diálogo: “Há muita desinformação por parte do movimento e uma intransigência em sentar à mesa para compreender os 600 milhões de reais que estamos colocando de subsídio para que o aumento fosse inferior à inflação”. Ele negou, porém, que o partido tenha mudado seu posicionamento: “As pessoas individualmente podem assumir suas posturas sendo ou não do PT. As pessoas são livres”.

O prefeito negou que vá rever a tarifa reajustada em cerca de 6,67% de 3 reais para 3,20 reais no início do mês. “A tarifa está cerca de 10% inferior à inflação acumulada. Estudamos todas as formas imagináveis e possíveis de dar o menor reajuste na tarifa de ônibus. Não existe prefeito no país que dê um aumento desnecessário”, disse. “Não havia mais espaço orçamentário para aumentar o subsídio.”

A Guarda Civil Metropolitana (GCM) não participará da contenção aos protestos agendados para segunda-feira, segundo Haddad: “A Guarda Civil não deve entrar em ação. Ela não tem formação e o treinamento para esse tipo de situação”.

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