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Na PB, Dilma usa palanque do PSB para atacar tucanos

Petista selou aliança com o candidato pessebista ao governo Estadual e disse que, na gestão de FHC, "o salário era pequenininho e o desemprego alto"

Por Felipe Frazão 9 out 2014, 05h54

Após perder o apoio formal do PSB para o tucano Aécio Neves, seu adversário no segundo turno das eleições, a presidente-candidata Dilma Rousseff (PT) foi a João Pessoa, capital da Paraíba, selar a aliança com o governador e também candidato à reeleição, Ricardo Coutinho, o primeiro pessebista dissidente a dar palanque à petista. Em comício na noite desta quarta para cerca de 16.000 pessoas em uma casa de shows, Dilma fez críticas ao PSDB, sobretudo, na condução econômica.

Entre os ataques, a petista criticou os índices econômicos do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). “Quando o projeto tucano do PSDB dirigiu o nosso país muitos de vocês ainda eram jovens, por isso a gente tem de lembrar. Quando eles dirigiam esse país, o salário era pequenininho e o desemprego alto. Além disso, eles elevaram os juros à estratosfera.”

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A presidente mostrou-se conformada, ao menos em público, com a decisão do PSB de apoiar Aécio. Para ela, a artilharia petista de contrapropaganda contra Marina Silva no 1º turno foi “normal”. “A posição do PSB é legítima da democracia”, disse, lembrando que governadores no Nordeste ficaram livres para se aliar ao PT. “É importante também ter claro que vou falar com todos os eleitores de todos os demais partidos, os que fecharam comigo no primeiro momento e os que não fecharam. Esse é um processo, porque não tem dono de eleitores no Brasil. Ninguém é dono do voto”, argumentou.

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Voltando à carga de ataques contra os tucanos, Dilma disse que o PSDB se “ajoelhou perante o FMI” e citou negativamente Armínio Fraga, que será o ministro da Fazenda caso Aécio vença. A petista comparou sua gestão à de Armínio e disse que os juros médios baixaram de 25% para 11% atualmente e o desemprego caiu de 11,5% para 5%. Dilma também pregou uma política externa “sem preconceitos contra países da América Latina”.

A presidente comprometeu-se a defender a redução da inflação, que atingiu nesta quarta-feira a marca de 6,75% em 12 meses, acima do teto da meta. “Eu quero a inflação menor possível, porque corrói o bolso do trabalhador e só traz mal”. A presidente também comparou números do Bolsa Família, que segundo ela passou de 5 milhões na gestão tucana para 55 milhões na petista. “Eles vivem falando que iniciaram o Bolsa Família. Acontece que o programa deles é desse tamanhozinho. É programa micro para um brasil macro”, ironizou. “Os mais pobres têm de ser olhados com muita humildade. Os mais pobres têm de ser cuidados. É como uma família: os mais fracos exigem uma atenção maior da mãe. Nós colocamos o Nordeste no orçamento do país.”

Coutinho – O candidato do PSB disse nesta quarta que informou ao Diretório Nacional do partido sobre a adesão a Dilma. Sem citar Marina em seu discurso, o candidato criticou o PSDB, de quem é adversário no segundo turno paraibano. “Eles querem dividir o Brasil no meio”, reclamou, Referindo-se ao senador Cássio Cunha Lima, classificado como “petulante”, disse: “Nunca soube o que é trabalhar, sempre teve na vida tudo de graça”. Coutinho também declarou que a “gestão do PSDB é retrocesso” e, em coro com Dilma, defendeu Fernando Pimentel (PT), governador eleito de Minas Gerais, cujo colaborador foi detido com 116.000 reais em dinheiro vivo. “Escândalo ninguém pode evitar”, relativizou Coutinho.

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Articulador do acordo entre Dilma e candidato do PSB, o senador Vital do Rêgo (PMDB) disse que trabalhou pela união “convocado por Dilma”. Na Paraíba, Dilma teve 55,6% dos votos válidos ante 23,3% de Aécio e 18,7% de Marina. No governo do Estado, o tucano teve 47,4% contra 46,05% do pessebista.

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