Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Na ONU, Temer vai ignorar crise e defender economia do Brasil

Presidente deve repetir, mesmo sem detalhes aprofundados, que o Brasil está saindo da recessão e que busca investidores

Por Da redação
Atualizado em 19 set 2017, 08h08 - Publicado em 19 set 2017, 07h59

Em seu segundo discurso como presidente na Assembleia Geral da ONU, o presidente Michel Temer irá evitar, nesta terça-feira, as questões políticas que têm afligido o governo e tentar mostrar um país que vem retomando o crescimento econômico e está de volta ao cenário internacional.

A ideia de vender o Brasil como um país estável, apesar das turbulências políticas, está clara na programação de Temer e dos ministros que o acompanham na viagem a Nova York.

Além de passar o recado para uma plateia majoritariamente de chefes de Estado na ONU, o presidente falará a investidores em um evento organizado pelo jornal Financial Times. Temer também terá um encontro com investidores estrangeiros organizado pelo Conselho das Américas, ainda nesta terça.

Temer chegou na noite de segunda-feira a Nova York e teve como primeiro compromisso um jantar organizado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, para tratar da crise na Venezuela. Nesta terça, o presidente abre a sequência de discursos de chefes de Estado na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, posição que tradicionalmente cabe ao Brasil.

Continua após a publicidade

Em sua fala, Temer deve repetir, mesmo sem detalhes aprofundados, que o Brasil está saindo da recessão e se recuperando economicamente, e está aberto a investidores.

Temer também deve tratar, em sua fala, da defesa da democracia e dos direitos humanos e reforçar que a adesão do Brasil às “liberdades democráticas” é inegociável.

Em 2016, logo após assumir definitivamente o cargo de presidente com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, Temer usou a tribuna da ONU para defender a legalidade de seu governo.

O presidente disse, à época, que o Brasil acabava de “atravessar processo longo e complexo, regrado e conduzido pelo Congresso Nacional e pela Suprema Corte brasileira, que culminou em um impedimento… dentro do mais absoluto respeito constitucional”.

Continua após a publicidade

Dessa vez, o recado será voltado mais para a vizinha Venezuela, que enfrenta grave crise política e econômica. Na reunião com Trump, o presidente brasileiro, assim como os presidentes da Colômbia, Juan Manuel Santos, e do Panamá, Juan Carlos Varela, e a vice-presidente da Argentina, Gabriela Michetti, se opuseram a “ações externas”, como uma intervenção, como uma solução para o país, mas se comprometeram com Trump a continuar pressionando o governo venezuelano.

Temer deve defender ainda em seu discurso o pacto pela proibição das armas nucleares. O tratado, proposto por Brasil e outros cinco países — México, Nigéria, África do Sul, Áustria e Irlanda — será assinado na quarta pela manhã como uma proposta oficial da ONU. No entanto, nenhum dos países que possuem de fato armas nucleares, inclusive os Estados Unidos, se comprometeu com o tratado.

Nesta terça, além da abertura da Assembleia Geral, o presidente terá uma série de encontros bilaterais com outros líderes. Entre eles, com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e o presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sisi.

(Com agência Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.